Atendendo convocação da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo do Senado Federal (CDR/SF), o superintendente da Sudam, Paulo Rocha, acompanhado de diretores da autarquia, participou de audiência pública nesta terça-feira, 9, no SF, em Brasília, cuja pauta versou sobre a necessidade da reestruturação da Sudam. Presidida pelo senador Sérgio Petecão, a audiência contou também com a participação do ministro Waldez Góes, do MIDR e de deputados e senadores de parte dos estados da área de atuação da Sudam.
Paulo Rocha falou do trabalho que vem desenvolvendo na Sudam nos últimos 12 meses, na busca de condições para a necessária recuperação da função da Sudam para a Amazônia, sobretudo aos que foram prejudicados pelo equivocado modelo de desenvolvimento imposto à região. “As superintendências foram criadas para tirar desigualdades existentes no país. Porém a visão de desenvolvimento imposta levou as diferenças para dentro das regiões”.
Por outro lado, o trabalho da Sudam vem sendo feito. Rocha falou sobre pesquisas desenvolvidas pela Embrapa de modificação genética da Castanha e do Açaí, bem como do trabalho da UFPA na transformação da casca do cacau em ração animal mais eficaz que o capim para lactação de vacas. Explicou ainda sobre o trabalho na construção do Plano Integrado de Desenvolvimento do Marajó, feito com a participação de movimentos sociais, poder público e instituições de ensino e pesquisa. Faz parte da reestruturação da Sudam o resgate dos escritórios estaduais da autarquia em cada estado da Amazônia Legal. “Vimos aqui também para reivindicar dos parlamentares apoio estrutural para a reestruturação da Sudam”, avisou.
O diretor de Gestão de Fundos, de Incentivos e de Atração de Investimentos (DGFAI) da Sudam, Jorge Frota, em uma breve prestação de contas, informou que nos seis meses do ano passado, o volume de incentivos fiscais mais do que dobrou. “Nos últimos quatro anos, o FDA (Fundo de Desenvolvimento da Amazônia) investiu cerca de 4 bilhões em projetos na Amazônia, a maioria em geração de energia, que geraram cerca de três mil empregos diretos e indiretos”. O volume em cartas- consultas, neste ano, em análise pela equipe da DGFAI chega a um montante de R$ 7 bilhões. “Essa procura mostra a retomada da confiança no trabalho da Sudam”, conclui Frota, além da execução de aproximadamente R$ 500 milhões em convênios, todos nos estados da Amazônia Legal. “Para realizar esse salto, o MIDR quase que triplicou os aportes na Sudam”, agradeceu.
O ministro falou da importância dos parlamentares votarem os projetos de lei relativos aos planos regionais de desenvolvimento da Amazônia, do Nordeste e do Centro-oeste. Ressaltou ainda o comprometimento do governo Lula com a retomada do planejamento do desenvolvimento e do desafio da industrialização da Amazônia.
Senadores e deputados federais que participaram se comprometeram em carrear emendas parlamentares ao orçamento da União a que têm direito para serem executadas pela Sudam. Além de Jorge Frota, prestigiaram a audiência pública a diretora Aline Rossy (Administração) e Aharon Alcolumbre (Promoção do Desenvolvimento Sustentável), além do chefe do Escritório da Sudam, em Brasília, Sibá Machado.
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