O trabalho de um repórter de TV é bem menos glamouroso do que o público imagina. A gravação de uma matéria de poucos minutos exige uma longa jornada. Às vezes, surgem complicadores.
Um deles é a movimentação de pedestres na hora de gravar ao ar livre uma ‘passagem’, ou seja, o trecho da matéria em que o jornalista aparece falando seu texto.
Deivid Morona, da NSC TV, afiliada da Globo em Santa Catarina, postou um vídeo mostrando a dificuldade para conseguir gravar poucos segundos. Pessoas passam e puxam conversa, além de entrar na frente da câmera. Há ainda o barulho do trânsito e o sol que dificulta manter os olhos abertos.
No caso dele, já aconteceu de uma pomba surgir de repente para atrapalhar (assista ao final do post.) Esses imprevistos afetam a concentração do profissional, por mais experiente que seja. Quase sempre é necessário gravar várias vezes para garantir uma versão perfeita daquela parte da reportagem.
Desde os protestos de rua de 2013, há um complicador: a violência. Repórteres passaram a ser insultados, ameaçados e até agredidos fisicamente. Os profissionais da Globo são os mais visados devido ao radicalismo ideológico de grupos políticos críticos à linha editorial da emissora.
Houve xingamentos, empurrões, cabeçada no rosto, soco na barriga, quebra de equipamentos e juramento de morte. Ser repórter na rua exige mais do que competência e domínio da pauta, requer também dose generosa de coragem e jogo de cintura para driblar incidentes.
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