O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta quinta-feira, 11, mostra que o Acre está entre os oito estados com as principais variações absolutas positivas na estimativa da produção entre maio e junho, tendo o quarto maior aumento.
Com relação à estimativa de maio, o aumento da produção foi de 6.717 toneladas – uma variação de 3,3%. Para junho, a estimativa ficou em 194.768 toneladas, enquanto no mês anterior a produção estimada era de 188.597 toneladas.
As maiores produções seguem sendo de mandioca (469.755 toneladas), seguida do milho, com 126.012 toneladas, tendo, inclusive, registrado um aumento de 7,6% em comparação com o mês anterior.
Veja outras produções:
Banana – 89.226 toneladas;
Arroz em casca – 4.447 toneladas;
Café – 2.771 toneladas;
Cana-de-açúcar – 11.306 toneladas;
Feijão – 2.896 toneladas;
Fumo – 41 folhas;
Laranja – 5.368 toneladas;
Soja – 61.320 toneladas.
Programas de incentivo de mecanização, recuperação de áreas não produtivas e/ou degradadas, infraestrutura e armazenamento são algumas das ações que o governo do Acre desempenha, por meio da Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri).
“As produções agrícolas do Acre estão atingindo níveis sem precedentes, e tal aumento se atribui a diversas aplicações em investimentos tecnológicos, pesquisa e infraestrutura, sempre na busca de prestar um braço amigo, ajudando o produtor a crescer junto com o estado”, destacou José Luis Tchê, titular da pasta.
Assuero Veronez, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Acre (Faeac), credita o crescimento do plantio de grãos no Acre como um fenômeno recente, iniciado em decorrência dos solos adequados e da criação da hidrovia do Rio Madeira, possibilitando uma via de exportação eficiente e de baixo custo para a região. O presidente também destaca o papel colaborativo do Estado próximo aos agricultores. “Para que o nosso potencial continue se desenvolvendo, precisamos dessa participação do governo, promovendo políticas públicas de amparo, apoio e incentivo para os produtores do campo”, destacou.
Outra instituição governamental importante para o desempenho do agronegócio é o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre (Idaf), o qual, frente ao milho e à soja, se volta para a fiscalização e monitoramento de pragas quarentenárias, aquelas que podem causar grande impacto na agricultura nacional.
A coordenadora de Educação Sanitária Vegetal do Idaf, Sandra Teixeira, explica que: “a simples presença de organismos vivos em determinado local pode comprometer a comercialização de produtos ou destruir cultivos, tornando-se uma barreira para exportações”. Assim, o Idaf tem um papel fundamental para dar essa segurança aos produtores.
Dados divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços na última quinta-feira, 4, mostram que a balança comercial no Acre, no primeiro semestre deste ano, fechou com com superávit de 46 milhões de dólares, superando o valor total de exportações registrado durante todo o ano de 2023.
As exportações, segundo os dados, somaram 48,6 dólares, enquanto as importações somaram 2,6 milhões de dólares. Entre os principais destinos dos produtos estão Peru, Espanha, Emirados Árabes e China, e a soja foi o principal produto exportado, figurando 44% no valor total.
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