Hospitais clandestinos nas Filipinas têm oferecido serviços de cirurgia plástica a fugitivos e trabalhadores de centros de golpes para ajudá-los a evitar a prisão, publicou a BBC nesta terça-feira. Dois desses centros ilegais, segundo um porta-voz da polícia disse ao veículo britânico, podem ser fechados “nas próximas semanas”.
O primeiro deles foi invadido pelas autoridades na periferia sul de Manila, a capital, em maio. Na ocasião, ferramentas de transplante de cabelo, implantes dentários e aplicações intravenosas de clareamento de pele foram apreendidos. Agora, acredita-se que outros dois hospitais sob vigilância da polícia sejam até quatro vezes maior do que este, localizado na cidade de Pasay, a 9 quilômetros da capital.
— Você pode criar uma pessoa inteiramente nova com essas coisas — disse Winston John Casio, porta-voz da Comissão Presidencial Anti-Crime Organizado, à BBC.
Clientes desses hospitais incluem funcionários de cassinos online que trabalham ilegalmente nas Filipinas. Esses cassinos — também conhecidos como Pogos (Operações de Jogos Online das Filipinas) — atendem jogadores na China continental, onde o jogo é ilegal. A polícia, porém, tem dito que os Pogos estão sendo usados como cobertura para outras atividades criminosas, como golpes por telefone e tráfico humano.
Três médicos, dois do Vietnã e um da China, além de um farmacêutico chinês e uma enfermeira vietnamita foram presos na invasão de Pasay. Nenhum deles tinha licença para trabalhar nas Filipinas. Ainda segundo publicado pela BBC, as autoridades também encontraram uma máquina de hemodiálise, sugerindo que a instalação, de cerca de 400 m², oferecia outros tratamentos médicos além da cirurgia plástica.
— Eles pareciam clínicas regulares por fora, mas uma vez que você entra, fica chocado com o tipo de tecnologia que eles têm — disse Casio. — Esses hospitais não pedem os cartões de identificação adequados. Você poderia ser um fugitivo ou um estrangeiro ilegal nas Filipinas.
Os Pogos floresceram sob o ex-presidente Rodrigo Duterte (2016-2022), que buscou laços amigáveis com a China durante seu mandato. Seu sucessor, o presidente Ferdinand Marcos Jr., porém, lançou uma repressão à prática, citando seus vínculos criminais. Segundo Cesio, o atual chefe de Estado filipino não quer que o país seja “pintado como um centro de golpes” e, por isso, deu diretrizes para encerrar a prática.
Investigadores acreditam que um “bom número” desses centros médicos ilícitos pode estar operando em todo o país, muitas vezes de forma clandestina para evitar a detecção.
Em 2022, publicou a BBC, oficiais de imigração prenderam um suspeito de ser membro da máfia chinesa. Ele teria passado por uma cirurgia plástica para evitar a detecção.
Segundo o jornal South China Morning Post, autoridades resgataram mais de 150 trabalhadores chineses após invadirem um complexo de Pogos em Porac, nas Filipinas, nos últimos meses. No local eles descobriram equipamentos usados para tortura, golpes e até uniformes de camuflagem que suspeitavam ser de origem militar chinesa.
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