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Astério Moreira escreve “A história de nossas vidas …” e vê evolução no envelhecimento

Às vezes, nos encontramos com alguns amigos para discutir, refletir e ponderar sobre a existência. O tempo é astuto, deslizando suavemente sem que percebamos.

“A vida é tão curta”, exclama um.

“Apenas um sopro”, concorda outro.

“Por que, quando somos jovens, não percebemos o tempo passando? Quando chegamos à percepção, já estamos envelhecidos”.

“Alguém aqui pensa na morte?”

Quase em uníssono, todos afirmam que sim, e um deles completa:

“Constantemente”.

“Parece que estamos mais próximos do fim do que do início”, reflete o mais idoso, suspirando.

Todos compartilham dos problemas de saúde comuns à idade. A dor que sentem nas costas, joelhos, pés e estômago, pressão alta, diabetes, câimbras, reumatismos e as restrições alimentares que precisam seguir (já que não podemos mais comer ou beber como antes). E assim, o tempo continua a passar, fluindo suavemente como um rio em dias de verão. E a morte à espreita aguardando para o descanso final.

“Souberam do fulano que morreu? E da fulana que partiu para a eternidade? Eram gente boa demais…

De repente, quase como mágica, o sentimento de melancolia e nostalgia dá lugar a recordações positivas. Os avós, os pais, os tios, primas, primos, as brincadeiras da infância, os primeiros anos na escola.

As lembranças também trazem à tona os lugares agradáveis que a cidade proporcionava: bares, lanchonetes, cinemas, o futebol de tempos passados, as primeiras igrejas e até mesmo os bordéis.

Cada um desses locais abriga histórias e experiências únicas para compartilhar. Eles resgatam os amores, os sonhos, os amigos, as aventuras, as travessuras e até as vilanias. Cada um contribui com um fragmento de sua história, que se entrelaça com as demais, formando uma narrativa maior: A história de nossas vidas!

Quando nos damos conta, várias horas já se passaram. Cada um vai para sua casa, mais velho? É verdade, mas, também, mais leve e mais sábio. A vida é uma grande escola. Cada encontro é uma aula, cada experiência um aprendizado. Envelhecemos no tempo, sim, mas rejuvenescemos na sabedoria. Nosso caminhar é uma eterna evolução, um eterno aprendizado.

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