Um vídeo da câmera corporal usada por um policial militar mostra o momento em que William Alexandre da Silva tenta arrancar a arma de fogo da mão do PM, na quinta-feira (6), na favela de Paraisópolis, zona neste paulistana. William morreu, a caminho do hospital e, antes disso, teria ferido dois policias a tiros.
A corporação afirmou ao Metrópoles que William teria conseguido disparar, quando tentava desarmar um PM, ferindo dessa forma os policiais, que passam bem. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP) de São Paulo, havia três mandados de prisão, por roubo, expedidos pela Justiça contra o criminoso.
As imagens da câmera de monitoramento (assista abaixo), mostram os policiais ajudando um cadeirante a subir as escadarias de uma viela da comunidade, deixando-o em seguida na Rua Ernest Renan.
Segundos depois, o rapaz aparece correndo, subindo a mesma escadaria. O PM então saca a arma e dá sinal para o rapaz parar, mas é ignorado.
Na sequência, William tenta desarmar o policial. O registro, obtido pelo Metrópoles, é interrompido neste momento.
Uma foto enviada pela corporação à reportagem, mostra Willian segurando a arma de um dos PMs, que luta para desvencilha-lo da pistola calibre ponto 40.
Veja o vídeo:
Durante a luta, o suspeito teria conseguido disparar a arma, ferindo um dos PMs no braço direito e, o outro, com o qual se digladiava, em uma das pernas.
“Ferido e com a missão de salvar seu companheiro que permanecia subjugado pelo agressor, no solo, o policial conseguiu sacar seu armamento com a mão oposta àquela que havia sido ferida e efetuou disparos contra o criminoso, conseguindo que ele parasse as agressões”, afirma trecho de nota da corporação.
Os dois PMs e o suspeito foram encaminhados para hospitais da região. Willian morreu. Um dos policiais foi atendido e liberado, enquanto o outro seria submetido a uma cirurgia, nessa sexta-feira (7/6). Ele segue internado, com o quadro de saúde estável.
Inquérito sobre ação da PM
Em nota encaminhada neste sábado (8/6) ao Metrópoles, a SSP afirmou que um Inquérito Policial Militar foi instaurado para investigar “todas as circunstâncias” em que o caso se desenrolou, incluindo as imagens das câmeras corporais, e outras feitas por testemunhas, além de câmeras de monitoramento.
A pasta acrescentou que a Corregedoria da PM “está à disposição” para receber “denúncias contra seus agentes”. “Confirmada qualquer irregularidade, o policial envolvido será responsabilizado”.
O caso também é investigado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa.
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