Em Cruzeiro do Sul, durante os dias 3, 4 e 5, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), está promovendo uma capacitação aos servidores da Saúde com o objetivo de possibilitar um aperfeiçoamento para o diagnóstico da hanseníase. O evento inclui parceiros como a Faculdade de Medicina ITPAC, a Secretaria Municipal de Saúde e o Ministério da Saúde e está sendo realizado no Teatro dos Náuas.
Suilane Meire de Souza, responsável pelo Programa Estadual da Hanseníase, ratificou a importância do evento para os profissionais de saúde na região, tendo em vista o diagnóstico precoce da doença.
“Essa capacitação objetiva identificar precocemente a doença, monitorando a busca dos contatos das pessoas infectadas, que devem ser acompanhadas pela atenção primária. Vamos trabalhar a descentralização desse cuidado e desse monitoramento, assim como a disponibilização de teste rápido”, disse.
No Acre, em 2023, foram registrados 109 casos, especialmente em adolescentes menores de 15 anos.
“Este treinamento vai trazer aos municípios mais autonomia para trabalhar com a doença”, pontuou Diani Carvalho, coordenadora regional de Saúde no Juruá.
A hanseníase é uma doença crônica, causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que pode afetar qualquer pessoa. Caracteriza-se por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos, e pode gerar incapacidades permanentes. Diagnosticar cedo é o elemento mais importante para evitar transmissão, complicações e deficiências.
“Quanto mais conhecermos a doença, mais fácil se dará nosso trabalho no combate e diagnóstico desta”, disse Fabíola Gomes, fisioterapeuta na Secretaria Municipal de Saúde.
O tratamento é feito por meio de comprimidos, que são fornecidos gratuitamente nas unidades de Saúde. Devem ser tomados diariamente, até o término do tratamento. Isso é muito importante para alcançar a cura. Se a hanseníase não for tratada, pode causar lesões severas e irreversíveis. O tratamento cura a doença, interrompe sua transmissão e previne incapacidades físicas.
O Brasil ocupa a 2ª posição do mundo entre os países que registram casos novos. Em razão de sua elevada carga, a doença permanece como um importante problema de saúde pública no país, sendo de notificação compulsória e investigação obrigatória.
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