Fabricado no Brasil entre 1968 e 2001, o Toyota Bandeirante sempre foi símbolo de valentia, mas isso não lhe salvou de ter saído de linha como um veículo antigo – uma vez que a linha nacional não evoluiu como no exterior, onde é conhecida como Land Cruiser. Nos Estados Unidos, porém, o modelo virou sensação dos apaixonados por carros e pode custar uma pequena fortuna em sites de leilão.
“O Toyota Bandeirante está valorizado porque os profissionais que mexem no modelo nos EUA não contavam mais com o Land Cruiser da época, que parou de ser vendido nos anos 70, 80. Aqui ficou inalterado até 2001.Tem sempre alguém que compra uma arrebentada e quer vender lá fora. “, explica Joel Picelli, leiloeiro oficial da Picelli Leilões.
As baixas vendas nos EUA transformaram o Land Cruiser dessa geração em uma quase raridade. Somado a isso, o Brasil oferece versões que não estavam disponíveis no país norte-americano, especialmente a picape, que faz sucesso até em sua configuração chassi-cabine.
O design geral da geração FJ 40 até hoje agrada pelo estilo simpático e robusto, um caixotinho querido pela polivalência e resistência. Não é por acaso que a Toyota já replicou suas linhas no Land Cruiser atual, além de ter feito uma releitura retrô, o descontinuado FJ. O desenho é um dos argumentos de venda.
“Lá é um carro de nicho, também vai para o público cool, o mais nichado”, aponta Picelli, que afirma que os californianos são seguidores dessa tendência. O especialista também aposta que o Land Rover Defender está em um caminho semelhante.
É fácil encontrar bons exemplares do Bandeirante por valores entre US$ 25 mil e US$ 33 mil, como bem mostra o acervo do site Bring a Trailer – algo entre R$ 128 mil e R$ 170 mil pela cotação atual, mais do que o preço médio de unidades do mesmo ano no Brasil.
Para termos um parâmetro de um automóvel americano conhecido dos brasileiros, um Ford Mustang 2.3 turbo parte de US$ 30.920, enquanto um GT 5.0 V8 começa em US$ 41.960.
Parece muito, mas tem Bandeirante que ainda foge dessa média. No ano passado, uma picape 1994 chegou a US$ 75 mil, o equivalente a R$ 385 mil, auxiliada pela decoração luxuosa e pela pintura cinza Nardo – aquela mesma dos Audis. Outro exemplar 1996 chegou a US$ 71 mil, aproximadamente R$ 365 mil.
Entre os carros pesquisados, uma picape chama atenção por contar com caçamba de madeira, um visual trabalhador que só é desmentido pelo interior refinado. Produzido em 1995, o utilitário proletariado não é muito mais barato, custando US$ 65 mil – mais do que R$ 330 mil.
Por outro lado, um jipe com carroceria curta também pode ser bem aceito. Um modelo branco 1985 foi comercializado por US$ 67.500, pouco abaixo dos R$ 340 mil. De qualquer forma, as picapes são as mais comuns.
Da mesma maneira que os demais o 4X4 curto, foi atualizado e adotou acabamentos de couro, sistema de entretenimento recente e até ar-condicionado eficiente. Outros itens também costumam ser incluídos, como são os casos de pneus mais lameiros, suspensão com peças especiais e rodas de liga leve.
Não é apenas o formato de carrocerias que influencia os preços, há também uma preferência pela motorização Mercedes-Benz. O Bandeirante nasceu e saiu de linha com motores próprios da Toyota, porém, o coração da maioria dos entusiastas brasileiros bate mais forte para os propulsores da Mercedes-Benz, mecânica capaz de lidar com centenas e centenas de milhares de quilômetros sem esforço aparente.
Oferecido entre 1973 e 1989, o 3.8 diesel OM-314 foi o primeiro, contando com apenas 85 cv – era uma época em que o torque era rei, a potência estava em segundo lugar.
Ainda em 1989, o propulsor deu lugar ao OM-364, um 4 litros de 90 cv que foi feito entre 1989 e 1994, quando o Bandeirante adotou novamente um motor Toyota. Como os posteriores podem custar mais em conta no mercado brasileiro, eles podem ser perfeitos para levar aos EUA e ter uma fatia maior de lucro.
Por fim, vale lembrar que, nos Estados Unidos, outros modelos brasileiros de todos os tipos costumam aparecer nos sites de leilões. Kombi, SP2 e Opala estão entre modelos valorizados por lá.
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