O antitranspirante, desodorante e desodorante natural são produtos de higiene pessoal indispensáveis na vida, principalmente quando estamos diante da correria do cotidiano. O objetivo principal é, claro, evitar o famigerado “cecê” ou as marcas de suor na região das axilas.
Mas, apesar de extremamente utilizados, existem perguntas comuns acerca desses produtos. Para que serve cada um? Nesse sentido, há dúvidas em relação ao alumínio presente no antitranspirante. É, de fato, um elemento cancerígeno? E aqueles que prometem proteção em mais de 70 horas: são seguros? O entupimento dos poros abaixo dos braços é prejudicial para a saúde? Vamos entender!
Antitranspirante, desodorante e desodorante natural
Conhecido, como o próprio nome já diz, por impedir a transpiração, o antitranspirante contêm elementos como álcool e alumínio, vistos, pelo menos popularmente, como prejudiciais à saúde e responsáveis pelo surgimento de, por exemplo, câncer de mama.
Os desodorantes, por sua vez, combatem o odor eliminando bactérias ou disfarçando o cheiro que estas produzem, contudo, não afetam a quantidade de suor liberada pelo corpo humano.
Como opção para quem não quer tantos compostos químicos no corpo, o mercado cria o desodorante natural. O produto dispensa álcool e alumínio, além de parabenos e fragrâncias artificiais, e priorizam elementos como bicarbonato de sódio, óleos essenciais, óleo de coco e manteiga de karité.
Com a promessa de serem menos agressivos à pele, são vendidos por um valor três vezes maior que o antitranspirante. A pergunta é: quando vale a pena investir?
Como o “cecê” é formado?
Em matéria especial para BBC, o jornalista Greg Foot conversou com a dermatologista Adil Sheraz, que explicou: “A transpiração é o mecanismo que regula a temperatura do nosso corpo”.
Ela explica:
“O suor libera fluidos, basicamente água com eletrólitos, sal. Quando o corpo esquenta, você libera esse fluido na superfície da pele, ele evapora no ar e, assim, leva embora o calor, reduzindo a temperatura corporal”, completou a profissional. Além de momentos quentes, pelo clima ou atividade física, o estresse, nervosismo ou ansiedade também geram o suor.
Mas a transpiração não é a responsável pelo mau cheiro. “Temos aproximadamente 2 a 4 milhões de glândulas sudoríparas no corpo. Algumas são as chamadas glândulas sudoríparas écrinas, que estão presentes em quase todo o corpo, liberam água e sais e não apresentam nenhum tipo de odor”, diz a especialista.
“Essas glândulas também produzem suor, mas sua composição é um pouco diferente: elas contêm ácidos graxos, carboidratos, alguns lipídios complexos e esteroides. Quando esse suor é liberado, as bactérias que normalmente vivem em nossa pele se alimentam desses componentes e isso cria o odor que você associa à transpiração”, conclui.
E qual seria a maneira correta de usar?
A melhor forma de usar um produto que contenha alumínio é garantir que as axilas estejam completamente secas. Se estiverem molhadas, o cloreto de alumínio reagirá com a água e produzirá ácido clorídrico que irritará a pele. Assim, a recomendação é aplicar antitranspirante à noite e lavar as axilas na manhã seguinte.
Com o tempo, o alumínio irá acumular-se nos dutos e bloqueá-los. Assim, mesmo aplicando à noite, você verá os resultados no dia seguinte, pois terá menos transpiração. Mas, segundo a dermatologista, “isso leva pelo menos uma semana para fazer efeito”.
Portanto, a melhor opção é, em última análise, uma questão de preferência.