Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, viveu ontem (16) seu maior dia de chuva em 75 anos: foram 120mm em 24 horas, um volume equivalente à chuva esperada para o ano todo na cidade.
A tempestade incomum causou inundações generalizadas, interrupções em viagens e muitos danos por todo o país. Um homem de 70 anos morreu no emirado de Ras Al Khaima, a pouco mais de uma hora de Dubai. Os níveis recordes de chuva também paralisaram Omã, país vizinho, onde pelo menos 18 pessoas morreram.
Chuvas “artificiais” do deserto. Países como os Emirados Árabes, Omã e Arábia Saudita utilizam um processo chamado semeadura de nuvens, que usa aviões ou helicópteros para pulverizar agentes químicos nas nuvens, o que resulta na condensação dessas nuvens e eventualmente causa chuvas.
Então, a semeadura de nuvens pode estar por trás das chuvas recentes? Segundo a agência de notícias Associated Press, as chuvas poderiam ter sido acentuadas por esse processo artificial, que teria sido realizado exatamente antes das tempestades. No entanto, de acordo com o The National News, dos Emirados Árabes, a semeadura de nuvens nunca teria resultado nas fortes chuvas que caíram em todo o país.
Um porta-voz do Centro Nacional de Meteorologia dos Emirados Árabes reforçou que era impossível vincular as operações de semeadura de nuvens à tempestade. Segundo especialistas ouvidos pelo jornal árabe, está claro que, mesmo que o país não tivesse realizado essas intervenções, as chuvas extremas ainda teriam acontecido.
No entanto, órgão ainda está estudando situação. Ainda segundo a publicação, essas intervenções podem ter tido um impacto na quantidade de chuva que caiu no país nesta semana, mas não está claro exatamente quanto.
Ação das mudanças climáticas. Ainda que seja difícil atribuir qualquer evento climático extremo específico às alterações climáticas, cientistas ouvidos pela agência de notícias Reuters relataram que o aumento das temperaturas globais está levando a esses fenômenos meteorológicos mais extremos, incluindo a chuva intensa nos Emirados Árabes.
Ao The New York Times, especialistas também disseram que o dilúvio foi provavelmente o resultado de um fenômeno climático regular sobrecarregado pelas mudanças climáticas. “É altamente provável que o aquecimento global tenha desempenhado um papel na intensidade do evento”, disse Janette Lindesay, cientista da Universidade Nacional Australiana, à publicação norte-americana.
A principal razão das fortes chuvas teria sido um sistema de tempestades que passava pela Península Arábica e atravessava o Golfo de Omã. O sistema de baixa pressão interagiu com partes de uma corrente de jato, fortes ventos que se movem de oeste para leste sobre latitudes temperadas no Hemisfério Norte, produzindo chuvas, explicou Lindesay.
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