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“Caça ao tesouro” em supermercado vira caso de Justiça no Acre

As “brincadeiras” feitas nas redes sociais por influenciadores escondendo dinheiro para que seguidores façam uma verdadeira “caça ao tesouro” começam a entrar na mira da Justiça.

Um vídeo produzido no estacionamento de um supermercado de Rio Branco vai ter que ser retirado do ar por determinação judicial. A 1ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco determinou que o vídeo anunciando caçada a dinheiro seja excluído imediatamente do perfil do usuário. Caso a ordem não seja cumprida, o site da rede digital será penalizado com multa diária de R$ 500, limitada a 15 dias.

Conforme os autos, uma empresa procurou a Justiça relatando que um perfil na rede social utilizou espaço do estabelecimento comercial, mostrando a logomarca da empresa e anunciou uma caçada ao tesouro, dando a entender que o dinheiro estaria escondido nas dependências da loja.

No pedido feito à Justiça, a empresa lembrou do caso do dentista Júnior Nascimento que escondeu R$ 2 mil em um local misterioso na rotatória da loja Havan, em Rio Branco, o que acabou provocando danos ao patrimônio público. Dessa forma, recorreu à Justiça pedindo a exclusão imediata do vídeo, para evitar ter prejuízos e até colocar em risco os clientes que realizam compras no lugar.

Ao analisar o caso, a juíza de Direito Zenice Cardozo, titular da unidade judiciária, verificou que o vídeo foi gravado no estacionamento de um determinado supermercado, destacando a logomarca da empresa, dando a entender que o dinheiro seria escondido naquele local. Isso poderia gerar danos ao empreendimento e também aos clientes. Por isso, a magistrada acolheu o pedido para que o vídeo seja excluído imediatamente do perfil onde foi publicado.

“Conforme se constata no vídeo publicado na rede social, o usuário (…) informa que estará ‘escondendo’ uma quantia em dinheiro e, no referido vídeo, destaca a logomarca da empresa autora, visto que o vídeo foi gravado no estacionamento do supermercado, o que poderá induzir outras pessoas a imaginar que o valor seria ‘escondido’ nas dependências da empresa. Desta forma, poderá ocasionar riscos aos participantes que realizarem a ‘caçada a dinheiro’, bem como à estrutura da empresa, inclusive, colocando em risco a segurança de terceiros (…)”, escreveu a juíza.

Com informações da assessoria do Tribunal de Justiça.

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