O empresário Elon Musk disse na noite de 4ª feira (10.abr.2024) que o X (antigo Twitter) estuda como agir diante dos embates da rede social com o STF (Supremo Tribunal Federal) de forma a proteger seus funcionários no Brasil. O dono da plataforma participou de transmissão ao vivo na rede social com Allan dos Santos, do site Terça Livre, com os deputados federais Nikolas Ferreira (PL-MG) e Luiz Philippe de Orléans e Bragança (PL-SP) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE), entre outros.
Musk disse que os documentos liberados no Twitter Files Brazil são “iluminadores” (leia mais sobre o caso abaixo). “Estamos sendo solicitados a suspender contas e filtrar o conteúdo (…) e fingir que a suspensão e o bloqueio regional se devem aos nossos Termos de Serviço, quando não o são”, acrescentou.
Segundo Musk, a empresa está tentando lidar com a situação de uma forma “que não prejudique os funcionários do X” no Brasil. “Nós não queremos os colocar em perigo”, declarou. “Então, estamos tentando os colocar em segurança antes de fazer qualquer coisa”, acrescentou, sem detalhar o que estaria sendo feito.
Musk afirmou que a situação no Brasil com relação à plataforma apresenta “algumas preocupações sérias”. Ele afirmou que “as pessoas que foram eleitas” para o Senado e para a Câmara dos Deputados deveriam ter “muito mais autoridade do que elas têm”. Ele disse: “Nossa preocupação no X é que estamos sendo ordenados pela Justiça a fazer coisas que são ilegais”, afirmou. Segundo o empresário, receber um pedido, feito “por um juiz”, que “diretamente viola a lei” é “estranho”.
Musk declarou “não haver dúvida” que existe um “abuso do poder judiciário” em um nível “extremo” no Brasil. Segundo ele, a justiça deveria “executar a lei”, mas não “fazer a lei”, como está ocorrendo no país. “Eu acho isso ultrajante”, afirmou. “Isso precisa parar”, acrescentou.
Um dos participantes da transmissão questionou se Musk estaria em contato com as autoridades do Brasil e se houve alguma tentativa de banir a rede social do país. O empresário respondeu que existiram ameaças, tanto para a retirada da plataforma quanto de prender funcionários.
“Eu não sei se essas ameaças vão se cumprir ou não. Mas, julgando por outros [casos], eu acho que elas são reais”, disse.
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