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6 mitos sobre ar-condicionado que você provavelmente acredita

O ar-condicionado é um eletrodoméstico usado para climatizar ambientes, gerando conforto térmico principalmente durante os dias com temperaturas extremas. Ainda que seja muito utilizado no país, o aparelho é cercado de mitos e concepções equivocadas, que ganharam força e alcance com o passar dos anos.

A maioria das pessoas já ouviu pelo menos uma vez que o ar-condicionado é o causador direto de doenças respiratórias, que deixá-lo no modo ventilação não gasta energia, ou ainda que ajustar o termostato para operar nas temperaturas mais baixas vai fazer o cômodo gelar mais rápido. Pensando nisso, o TechTudo separou seis mitos sobre ar-condicionado que você provavelmente acredita.

Diminuir a temperatura gela mais rápido

Mito. Diminuir drasticamente a temperatura do ar-condicionado não faz necessariamente com que o ambiente seja resfriado mais rapidamente. Na realidade, o aparelho vai operar no mesmo ritmo, até que a temperatura desejada seja alcançada. Isto pode resultar em um desperdício de energia e, eventualmente, causar desconforto quando o ambiente ficar muito frio.

O ideal é definir a temperatura do termostato para um nível confortável e manter essa configuração constante. Isso permite que o ar-condicionado regule a temperatura gradualmente, sem sobrecarregar o sistema ou aumentar o consumo de energia de forma desnecessária. Vale lembrar que o cômodo deve estar devidamente vedado para que o aparelho opere eficientemente.

“Quanto mais BTUs, melhor”?

Mito. Nos sistemas de ar condicionado, o BTU é usado para indicar a capacidade de refrigeração ou aquecimento de um aparelho. Por ser uma medida de potência, é preciso relacioná-la corretamente com o tamanho do cômodo que o aparelho será posicionado. Por exemplo, sistemas com 12 mil BTUs tem a potência necessária para gelar ambientes de até 20 m².

Porém, vale dizer que aparelhos com capacidade de BTU mais alta geralmente são mais caros para comprar e operar. Em outras palavras, o ar-condicionado pode consumir mais energia e, consequentemente, aumentar seus custos de eletricidade a longo prazo.

Além disso, esses aparelhos tendem a resfriar ambientes pequenos muito rapidamente e provavelmente desligarão antes de retirar toda a umidade do cômodo. Por conta disso, antes de comprar o ar-condicionado, é recomendável que o usuário consulte uma tabela que relacione a quantidade de BTUs com a metragem do ambiente.

A temperatura regulada indica a temperatura que o ambiente vai ficar?

Um mito comum sobre os aparelhos de ar-condicionado é que a temperatura ajustada no termostato representa diretamente a temperatura que o ambiente atingirá. Porém, na verdade, o número indicado significa o alvo que o aparelho está programado para atingir.

Na prática, quando essa temperatura ajustada é atingida, o termostato envia um sinal para o sistema de ar-condicionado para interromper o ciclo de resfriamento e ficar no modo de espera. Porém, o detalhe é que esse valor pode nunca ser alcançado, fazendo com o que o compressor do ar-condicionado funcione ininterruptamente, aumentando o consumo de energia por consequência.

Muitos fatores podem gerar esse problema. Alguns exemplos são uma quantidade de BTUs menor do que a necessária para o tamanho do ambiente, a temperatura externa elevada, ou até a vedação inadequada do cômodo. É importante estar atento para não fazer seu ar-condicionado trabalhar mais do que necessário.

Modo ventilação não gasta energia?

Outro mito comum é a ideia de que o modo “ventilação” em um ar-condicionado não consome energia. No entanto, isso não é verdade. De fato, quando você coloca o aparelho neste modo, o compressor desliga, o que significa que não há resfriamento ou aquecimento ativo do ar.

No entanto, o ventilador interno ainda está funcionando para circular o ar dentro do ambiente. Este ventilador requer energia para operar, mesmo que o compressor esteja desligado. Então, mesmo que seja menos energia, o modo ventilação ainda demanda um consumo de energia relevante.

Posso deixar o Inverter sempre no máximo?

Mito. Os aparelhos de ar-condicionado Inverter são projetados para operar de forma mais eficiente do que os modelos convencionais, ajustando a velocidade do compressor em tempo real para manter a temperatura desejada de maneira mais constante. Porém, esses sistemas sempre no máximo pode trazer algumas consequências negativas.

Mesmo que os aparelhos Inverter sejam mais eficientes em comparação com os modelos convencionais, deixá-los sempre no máximo pode resultar em um consumo de energia maior do que o necessário. Isso porque o compressor estará funcionando mais do que o necessário em sua capacidade máxima, mesmo quando a demanda de resfriamento ou aquecimento do ambiente for menor. Dessa forma, o ar-condicionado com a tecnologia pode gastar quase tanto quanto um aparelho tradicional.

Ar-condicionado deixa doente?

O mito de que o ar-condicionado deixa as pessoas doentes de forma direta também é bastante difundido, mesmo que não seja verdade. O fato é que o sistema não tende a causar diretamente doenças, mas ao criar um ambiente menos úmido, pode favorecer a manifestação de alergias respiratórias em algumas pessoas.

O aparelho só pode influenciar diretamente a propagação de vírus e bactérias se estiver fora de suas condições ideais de uso, ou seja, devido a falta de manutenção. Caso as partes internas do ar-condicionado, como as serpentinas e os drenos de condensado, não forem limpas regularmente, é possível que estes locais se tornem propícios para o crescimento de mofo, fungos e bactérias.

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