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Exportações de Suínos crescem mais de 17 vezes e dominam as exportações do Acre

De acordo com os dados contidos no Comex Stat, sistema para consultas e extração de dados do comércio exterior brasileiro, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior – MDIC, no primeiro bimestre de 2024, as exportações de carne suína, realizadas pelo Acre, apresentaram um extraordinário crescimento de 1798% em relação ao mesmo período de 2023. As exportações da carne suína realizadas para os mercados do Peru e da Bolívia, totalizaram quase 2 milhões de dólares contra pouco mais de 101 mil dólares em janeiro e fevereiro de 2023, conforme pode ser observado no gráfico a seguir.

Fonte: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/geral

As exportações totais do Acre cresceram 89,4% e alcançaram 7,83 milhões de dólares na comparação com 2023. Dos produtos tradicionalmente exportados pelo Acre, somente a Madeira teve uma redução (-36%) em relação ao ano passado. Depois da carne suína, os crescimentos mais expressivos foram: soja (175%), castanha (93%) milho (52%) e a carne bovina (20%).

Valor das exportações no primeiro bimestre de 2024 é o segundo maior dos últimos 6 anos

O valor das exportações totais de 2019 a 2024, referente ao primeiro bimestre, estão contidos na tabela a seguir. Fazendo uma análise dos últimos 6 anos (2019-2024), percebe-se uma recuperação do valor exportado em 2024, se aproximando do maior valor da série, que ocorreu em 2022 (8,637 milhões de dólares). Os 7,833 milhões de dólares apurados no primeiro bimestre de 2024, projetam bons números para as exportações acreanas no ano.

Exportações para o Peru crescem mais de 450% e foi o maior destino no primeiro bimestre

Comprador de soja, milho, castanha e principalmente carne suína, quase 40% do valor total das exportações acreanas foram para o Peru, conforme demostrado na tabela abaixo. A seguir vieram a China com 21%, contumaz compradora da nossa madeira e EUA com 11%.

Importações crescem 78,8% no primeiro bimestre de 2024

O valor das importações também cresceram significativamente no primeiro bimestre, o destaque foi a importações de mais de 1,2 toneladas de arroz da Tailândia, totalizando 769 mil dólares. O valor da compra do arroz da Tailândia, representa 75% de tudo o que o Acre importou no bimestre. Conforme detalhado na tabela abaixo, como resultados das exportações menos as importações, o saldo da balança comercial acreana ficou em 6,812 milhões de dólares no primeiro bimestre do ano. Um resultado que anima o ambiente econômico com amplas possibilidades de ser um ano de crescimentos do nosso comércio exterior.

No bimestre, o Acre importou dos seguintes países: Tailândia, China, Turquia, Estados Unidos, Peru, Bolívia e Equador. Os princpais produtos importados foram: arroz da Tailândia;  pneus automotivos de borracha da China;  Produtos tanantes daTurquia; Cebolas, chalotas, alho comum, alho-porro e outros produtos hortícolas do Peru; polímeros de etileno, em formas primárias dos Estados Unidos; Madeira serrada da Bolívia e Adubos (fertilizantes) da China.

Devemos comemorar os números das exportações da carne suína. Trata-se de uma cadeia produtiva que movimenta fortemente a economia da Regional do Alto Acre.

O surgimento dessa cadeia foi fruto de uma acertada política pública. Várias instituições se empenharam no apoio a iniciativa privada que, com competência e dedicação, fez prosperar aqueles dois empreendimentos (Acre Aves de Dom Porquito).

As empresas agroindustriais do Alto Acre, são exemplos de que políticas públicas bem planejadas e com a união de todos é possível melhorar a economia estadual.

Uniram-se todos: Governo do Estado, Governo Federal, Prefeituras, entidades empresariais, Universidade, Tribunal de Contas e a Assembleia Legislativa. A ALEAC, inclusive, realizou em 2023, na cidade de Epitaciolândia, o seminário Economia e Sociedade, promovido pela sua Mesa Diretora.  O Seminário contou com a maioria dos 24 deputados e vários convidados, que discutiram e encaminharam, propostas efetivas para o fortalecimento daquela região.

Foi graças a essa articulação política e empresarial que possibilitou a abertura do mercado peruano para as exportações da nossa carne suína. Ainda há muito a fazer para dinamizar ainda mais essa atividade tão primissora que, em cuja cadeia, agrega diferentes agentes econômicos, desde o pequeno produtor rural, passando por uma imensa rede de pequenos comerciantes e prestadores de serviços, até chegar na agroindústria, onde competentes empresários geram empregos e realizam a industrialização e a comercialização dos produtos.

Parabéns aos envolvidos.


Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas

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