Todos os animais se comunicam com seus pares, mas a linguagem dos cães é uma das mais complexas e sofisticadas. Eles descendem de animais gregários e sociáveis, que falam por meio de muitos sons diferentes e de um amplo repertório de linguagem corporal. Alguns tutores, especialmente os de primeira viagem, precisam conhecer essa comunicação, para tornar a parceria ainda mais prazerosa e eficiente.
Naturalmente, com exceção do Homo sapiens, nenhuma espécie animal contemporânea desenvolveu uma linguagem articulada, um sistema de signos em contínua evolução.
Mesmo assim, os cães, entre outros, desenvolveram certo grau de volição, que são processos cognitivos que os indivíduos se decidem a praticar em certas ações específicas. Pode-se dizer que a volição se opõe aos comportamentos condicionados, que são mais ou menos automáticos.
Além das vocalizações, da linguagem corporal e da aquisição de uma linguagem, que pode estar em construção, os cachorros são igualmente capazes de demonstrar vontades, medos, incômodos, desconfortos e dores por meio de gestos mínimos, que podem ser facilmente identificados pelos tutores.
Os significados ocultos
Os nossos melhores amigos, além de trazer na bagagem a herança da alcateia – vocalizações, gestos corporais e algumas expressões faciais – aprenderam igualmente por imitação e adaptação. Os cães são capazes de exprimir cerca de 100 expressões faciais.
De certa forma, eles superaram os mestres, graças à mobilidade de orelha e sobrancelhas. É interessante notar que a maior parte destas expressões fisionômicas são empregadas apenas na comunicação com a família humana. A linguagem para se relacionar com outros cães e mesmo com gatos e aves é diferente.
De acordo com dados do Instituto Pet Brasil (2018, último levantamento disponível), vivem nos lares brasileiros 54,2 milhões de cachorros. O número é maior do que o de crianças: a população infantil, segundo o recenseamento de 2021 realizado pelo IBGE, abrange pouco mais de 36 milhões de indivíduos.
Com tantos cachorros convivendo com humanos durante tanto tempo, será que ainda existem significados ocultos na comunicação dos peludos com os tutores? Confira a seguir alguns comportamentos caninos cujo sentido é óbvio, e outros que são bem mais sutis.
01. Os latidos
Eles são a fala dos cachorros e podem ter diversos significados. O mais frequente é a indicação de um perigo que, para os peludos, é iminente. Os nossos melhores amigos são guardiães naturais e permanecem atentos aos menores sinais de invasão, aproximação de tempestades e ventos fortes e outros fatores que representam riscos para a matilha.
Mas, atenção: os latidos também podem indicar tédio e ansiedade. Quando isso ocorre, os sons são excessivos e podem vir acompanhados por outros gestos, como lamber as patas, morder o rabo, etc. O barulho também é útil para indicar fome e sede, para o cachorro pedir atenção e carinho e até para revelar dores e desconfortos.
02. A posição da cabeça
É muito fofo menear a cabeça para um dos lados. Mas o gesto indica que o animal está concentrado, tentando entender alguma coisa, que pode ser uma fala do tutor, o funcionamento de um brinquedo, as ações e reações de um bebê ou de outro pet na família.
O gesto também pode ocorrer quando o cachorro ouve o nome de um amigo ausente e procura obter informações. Mas o significado pode ser bem mais simples: um cachorro pode deitar a cabeça para o lado apenas porque o focinho está atrapalhando a sua visão – isto não costuma acontecer com cães braquicefálicos, como o pug, o boxer e o lhasa apso, por exemplo.
03. O olfato e a audição
Todos sabem que o olfato e a audição dos cães são verdadeiramente prodigiosos. Eles conseguem usar as narinas para captar dois cheiros diferentes e são capazes de ouvir sons que não afetam os nossos ouvidos a quilômetros de distância, se o vento estiver a favor.
A captação de sons e odores também é parte da linguagem dos cachorros. Eles podem ficar parados, apenas cheirando o ar, para entender alguma coisa à sua volta. Apesar de, para nós, não haver nada diferente, eles podem estar identificando a aproximação de amigos, de pessoas de quem precisam se defender ou evitar e até identificar o humor e a disposição do tutor ou de outro membro da família. Sempre que possível, o gesto deve ser incentivado.
04. Cafungadas no traseiro alheio
Muitos tutores consideram desagradável e embaraçoso o fato de que a maioria dos cachorros não se acanha em enfiar o focinho nas partes íntimas. Isto pode acontecer com visitas que chegam à casa, com cachorros conhecidos e desconhecidos encontrados nas caminhadas, etc.
Para os cachorros, o gesto é natural e necessário. Eles conseguem identificar diversas características com as cafungadas: se o recém-chegado é amigável ou agressivo, se é submisso ou dominante e até se está sofrendo com algumas doenças. O significado também pode ser mais corriqueiro: o traseiro do visitante está sujo e o peludo está tentando entender o que está escondido ali.
05. As perseguições ao próprio rabo
O gesto pode ser banal, apenas uma brincadeira para passar o tempo. Entre os filhotes, perseguir o rabo é uma forma de explorar o mundo e conhecer o próprio corpo. Morder e lamber o rabo com fúria, no entanto, é um indicativo de que o cachorro pode estar infestado por pulgas ou sofreu uma reação alérgica a picadas de mosquitos, por exemplo.
Nos casos mais graves, correr atrás do próprio rabo indica que o animal está entediado. É preciso enriquecer o cotidiano com jogos e brincadeiras, aumentar a duração e a intensidade das caminhadas diárias e, em casa, manter pequenas surpresas para os cachorros encontrarem nos horários em que ficam sozinhos. Garrafas pet com petiscos, brinquedos com ar de novidade, uma janela para espiar e até uma peça de roupa do tutor são úteis para aliviar a solidão e fazer o tempo passar mais rápido.
06. Perseguições em geral
Nos passeios, e também nos casos em que os cachorros são semidomiciliados – possuem uma família, mas tem acesso livre às ruas –, é frequente observar os peludos perseguindo carros, motos, skates, outros pets, etc. No caso de cães de grande porte, como pastores e boiadeiros, eles podem simplesmente estar tentando “reunir o gado”, que insiste em fugir para todos os lados.
O hábito não deve ser incentivado. Por mais que seja saudável tentar proteger a família das ameaças à volta, os cachorros podem se envolver em brigas, acidentes e fugas. Ao observar o comportamento, o tutor precisa deter a marcha, esperar a excitação diminuir e dizer com firmeza que o cão não deve fazer isso. É um aprendizado de longo prazo, com muitas tentativas e erros.
07. O rabo dobrado
O rabo é um apêndice importante. É a continuação da coluna vertebral e da medula espinhal, coberto por sensores, ele oferece muitas informações para os cachorros. Este é um dos motivos por que a caudectomia estética não deve ser realizada.
Mas, às vezes, o cachorro faz questão de esconder o rabo, colocando-o entre as pernas traseiras. Nessas ocasiões, ele está sentindo muito medo – de outros cães, de buzinas, trovões, do movimento excessivo, etc. Nas caminhadas, o ideal é procurar um trajeto mais tranquilo, sem estímulos negativos. Se o cachorro exibe o comportamento em casa, o tutor precisa refletir se não está sendo muito inflexível na educação do peludo.
08. Os abanos do rabo
Um abano espontâneo, livre e relaxado indica que o cachorro está feliz e quer partilhar a alegria. Mas, e a cauda está ereta, apontando para trás ou para o céu, é um sinal de excitação que pode não estar relacionado com alegria, mas com ameaças no ambiente. Nestes casos, o comportamento de alguns cachorros pode ser imprevisível.
Quando ele recua e abana o rabo devagar, está curioso, investigando um fato novo nas redondezas – e isto pode ser mais ou menos desconfortável: um novo amigo é uma surpresa agradável, mas a presença de um rato faz surgir o medo e a raiva. Um estudo publicado em 2013, por pesquisadores da Universidade de Trento (Itália), demonstrou que, ao abanar o rabo da direita para a esquerda, os cães estão felizes e descontraídos; no sentido oposto, estão confusos e desconfortáveis.
09. O rabo em linha reta
É uma posição clássica entre os caçadores que não enfrentam as presas, como os setters e pointers. Como os nomes das raças indicam, estes cães apenas apontam a direção para os caçadores humanos. Quando o rabo parece ser um prolongamento da linha superior do tronco, o cachorro está curioso.
Na maioria dos casos, um rabo em linha reta é uma forma de o cachorro informar que está trabalhando e encontrou o que procurava. Ele pode ter identificado um rastro e quer persegui-lo. Isto continua acontecendo mesmo entre os cães que nunca participaram de caçadas porque, antes de tudo, eles são predadores naturais.
10. Uma pata dianteira levantada
É outra manifestação dos caçadores de aponte e é quase uma sinalização de trânsito: o cachorro posiciona todo o corpo como uma flecha, da trufa à extremidade da causa, com uma das patas suspensa no ar, para indicar o caminho: a presa foi por ali.
Mas levantar a pata dianteira pode ser uma atitude muito mais simples, especialmente quando o corpo está relaxado: o cachorro quer atenção e carinho e usa a pata como se fosse uma mão humana, para talvez atrair o tutor e ganhar um cafuné. Esta é uma adaptação de um comportamento observado pelos cães entre os humanos.
11. Boca entreaberta, orelhas em pé e rabo relaxado
Esta posição indica o descanso do guerreiro. O cachorro está satisfeito e tranquilo, recobrando as energias para novas atividades. Ele não está cansado, mas pode deixar escorrer um pouco de baba, de acordo com a raça. A boca entreaberta indica que ele fez esforços físicos, mas não está ofegante. As orelhas em pé indicam atenção, mas o rabo relaxado “diz” que está tudo bem ao redor.
Este é um bom momento para fortalecer os elos entre tutores e cachorros, com conversas, cafunés e até o início de um novo aprendizado. O peludo está calmo, mas conectado ao que ocorre ao redor. Os pelos podem estar um pouco eriçados, mas é apenas um mecanismo para manter a temperatura corporal, sem indicar agressividade, medo ou raiva.
12. A respiração ofegante
Além dos motivos óbvios, como exposição ao sol, séries de exercícios moderados ou intensos, caminhadas rápidas e longas, etc., a respiração ofegante também indica que o cachorro está excitado. Ele pode estar apenas esperando uma nova brincadeira começar e está atento aos movimentos ao redor.
A língua para fora e a respiração entrecortada, por outro lado, também pode indicar desconforto ou medo. A maioria dos cachorros tem medo de raios e trovões e começam a ofegar mesmo que não estejam cansados. De qualquer forma, os cachorros entendem que, se existe risco, é preciso proteger a família. É preciso acalmá-los e neutralizar o medo com atividades positivas, como afagos e brincadeiras. Mas, e o medo for muito grande, o melhor a fazer é levá-los para um canto seguro e mais silencioso.
13. Comendo grama
Pode ser estranho observar um animal carnívoro comendo grama, mas os cachorros também comem gravetos, flores e folhas. O hábito está associado a maior ingestão de fibras, que melhoram o processo de digestão. Alguns peludos podem comer grama apenas porque gostam do sabor e principalmente do aroma.
Cães que começam a comer grama de um momento para outro, no entanto, merecem uma investigação. Eles podem estar com transtornos gastrointestinais. Mesmo que sejam leves, como episódios isolados de vômito ou diarreia, devem ser observados pelos tutores.
14. O alongamento do corpo
O motivo é o mesmo indicado para os humanos: antes de se exercitar, é importante alongar e aquecer os músculos e as articulações, para evitar lesões, especialmente nas pernas, na coluna vertebral e no pescoço. Os cachorros já nascem sabendo disso.
A técnica é simples e facilmente identificável: cabeça para frente, patas dianteiras rentes ao chão, garupa e cauda elevadas. O movimento, em alguns cães, também é feito antes de brincadeiras mais agitadas, de se deitar para descansar e pela manhã, depois de um descanso mais prolongado. Os tutores devem apenas verificar se os alongamentos são excessivos e se os peludos apresentam sinais de dor ao alongar a coluna.
15. Patas traseiras esticadas para trás
Por mais desconfortável que a posição possa parecer para alguns tutores, as patas traseiras esticadas cumprem dois objetivos: oferecem um relaxamento adequado antes do descanso e, nos dias quentes, permitem o contato do abdômen com pisos frios, colaborando para resfriar o corpo.
A posição é confortável, reduzindo a carga nos quadris e nos membros posteriores. É muito frequente especialmente entre os cães mais jovens, já que exige certa flexibilidade. Mas, é preciso ficar atento: os portadores de artrite, ataxia e displasia no quadril podem procurar esta posição por ser mais confortável, especialmente nos estágios iniciais das doenças nas articulações.
16. Os olhares
Na natureza, um olhar direto é prerrogativa dos animais dominantes: os filhotes, jovens e submissos do bando evitam encarar os líderes da matilha, a menos que queiram desafiar os chefes para disputar a posição alfa. Mas, os cachorros aprenderam a usar os olhares para muito mais.
Eles expressam gratidão e ternura quando olham suavemente para os tutores. Também podem passar longos períodos observando crianças pequenas, satisfeitos por estarem dizendo que “está tudo em ordem”. A relação de confiança é expressa também com os olhos, quando os cachorros compreendem que podem expressar seus desejos e necessidades.
Quando a cabeça está inclinada, o olhar do cão indica certa confusão, mas nada muito preocupante: ele pode estar tentando entender o que o tutor está dizendo, ou estabelecendo conexões entre ruídos e cheiros que vem de fora.
A dominância, no entanto, pode sempre estar presente. Com adestramento inadequado, um cachorro pode tentar tomar a posição do tutor. No caso de animais estranhos, recomenda-se que os olhares nunca se cruzem, mas que o afastamento ocorra sempre de frente (de ré).
17. Pedidos de carinho na barriga
Quando um cachorro fica de barriga para cima ao descansar junto à família, e também quando dorme nesta posição, os tutores estão de parabéns: os peludos estão se sentindo plenamente confiantes e confortáveis no ambiente. Eles estão seguros e provavelmente são muito equilibrados.
Explica-se: quando um predador atinge finalmente a presa, ele avança para devorar as vísceras, onde ainda há nutrientes de origem vegetal, importantes para a saúde e o desenvolvimento físico. Os gatos, por exemplo, só comem frutas e verduras quando investem sobre um rato ou um coelho.
Ao se deitar com a barriga para cima, o cachorro indica que tem certeza de que os tutores não atacarão as suas vísceras. Ele pode deixar o abdômen exposto sem correr nenhum tipo de risco.
18. Girando e rodando antes da soneca
Este é mais um comportamento ancestral. Os lobos e os cães selvagens vivem em acampamentos nômades, desmontados quando a caça rareia, ou quando é preciso deslocar-se para regiões mais úmidas, mais quentes ou mais frias. Estes acampamentos são sofisticados e há locais específicos para dormir, estocar e distribuir alimentos, proteger e educar os filhotes e jovens, etc.
Para “arrumar a cama”, os nossos cães e seus primos selvagens aproveitam o que têm à mão: gravetos, folhas secas, raízes, etc. Eles dispõem os materiais sobre a terra, para garantir maior conforto. Ao finalizar, eles giram para tornar o local de repouso ainda mais macio. O hábito foi trazido para a convivência com os humanos.
19. Cães dormindo de costas um para o outro
É bastante comum a adoção de dois ou mais pets, mas todo recém-chegado exige um rearranjo da casa e um período de adaptação. Quando um novo cão é introduzido, as primeiras reações são de desconfiança e incerteza. Se o novato receber muita atenção por parte da família, a adaptação terá de superar boas doses de ciúme.
Mesmo com animais tranquilos e dóceis, os tutores devem observar cuidadosamente a interação entre os dois peludos. Mas eles são bastante sociáveis e, cedo ou tarde, o relacionamento dará mostras de ser confiável a camarada.
Apesar de não parecer, quando dois cães dormem de costas um para o outro, eles estão indicando que são bons companheiros. Nesta posição, eles sentem que não há riscos de surpresas desagradáveis. É como se dissessem: “dá para confiar de olhos fechados”.
20. Sonecas depois da comida
Os espanhóis e outros povos estão certos: uma soneca depois das refeições é uma atitude muito saudável. Diversos estudos indicam o acerto na adoção da “siesta”. Os cães costumam cultivar o hábito e sempre procuram um cantinho silencioso para relaxar.
Mas, se os peludos resolverem escolher o colo dos tutores para descansar, isto indica que eles estão totalmente apaixonados. Ao dormir juntinho, eles estão dizendo que não existe lugar melhor. Naturalmente, de acordo com o porte e os hábitos, o colo pode ser substituído pelo espaço ao lado no sofá, ou o tapete ao lado da poltrona predileta do tutor.
21. A escolha da cama
Cada família estabelece regras próprias e não há nada errado em permitir que os cães durmam com os tutores, não ultrapassem a porta da cozinha ou nem mesmo entrem em casa. Para os peludos, o único problema é quando as regras mudam subitamente – eles ficam sem entender o que está acontecendo.
Para os cães que dividem a cama com os tutores, um sinal de proximidade é a escolha dos peludos. Eles podem preferir dormir com o pai ou o irmão humano. Isto pode indicar a predileção por um ou outro membro da família, mas a escolha também pode ser determinada pela maior fragilidade de uma criança ou uma pessoa convalescente.
22. Sono “bolinha”
Esta é outra posição apaixonante: os cães se enrodilhavam, encostam a cabeça nas patas traseiras e às vezes escondem o focinho com o rabo. Os peludos se transformam em pequenas bolinhas, mas a posição pode ocultar alguns problemas.
Em primeiro lugar, o conforto térmico pode estar comprometido: o sono bolinha é uma forma de aquecer o corpo, mas talvez ele se sinta mais aquecido com um cobertor ou uma caminha com laterais altas. A posição também pode ser determinada por medo, ciúme ou insegurança.
23. Movimentos durante o sono
Os cães podem mover braços e pernas, além de emitir latidos, grunhidos e choramingos enquanto estão dormindo. O movimento é mais evidente entre os filhotes e especialistas acreditam que eles estão passando a limpo as lições aprendidas durante o dia.
O sonho dos cachorros é similar ao humano. Eles vivenciam situações do dia a dia, evocam desejos e medos, que podem estar associados aos sons. Não há necessidade de acordá-los, mas, se estiverem muito agitados, os tutores podem pronunciar o nome gentilmente, acariciar o dorso levemente e só interagir depois que eles se mostrarem despertos.
24. A aproximação corpo a corpo
Em função da criação e das atividades para as quais foram desenvolvidas, algumas raças caninas são bastante independentes, obstinadas e teimosas, mas a maioria dos peludos estabelece relações muito próximas com a família e mesmo com alguns visitantes mais frequentes.
A proximidade com o tutor quase sempre é motivo de alívio. Os cachorros pensam assim: “se ficarmos juntos, os perigos serão menores”. Por isso, alguns cães literalmente ficam grudados, seja encostando o focinho nas pernas enquanto o tutor se desloca pela casa, seja procurando um espaço em que seja possível pelo menos algum contato visual. Isto indica que eles confiam nos tutores e estão prontos para o que der e vier.
25. Presentes inesperados
Os cachorros costumam dar presentes para toda a família, principalmente para os humanos mais próximos. A espécie apresenta alto grau de sensibilidade social e entende que a proximidade é a principal garantia de segurança, estabilidade e alegria para o grupo.
Por isso, é bastante frequente que os peludos presenteiem os tutores de tempos em tempos: é uma forma de contribuir para a economia doméstica. Muitas vezes, eles apenas “subtraem” alguma coisa da despensa ou da geladeira, mas não se trata de roubo: é uma contribuição e uma lembrança.
Fonte: Metrópoles