O Cuscuz, alimento tradicional da região nordeste do Brasil, foi reconhecido como patrimônio imaterial da humanidade pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Nesta terça-feira (19), é comemorado o Dia Mundial do Cuscuz.
Com o passar do tempo o alimento foi incorporado na cultura árabe, que se estabeleceu também em parte da Europa. O prato permaneceu popular e também foi levado para os territórios colonizados por franceses, espanhóis e portugueses. Ao Brasil foi trazido pelos colonizadores portugueses e se tornou a base alimentar dos negros escravizados e era vendido em tabuleiros.
No livro ‘A História da Alimentação Brasileira’, o autor, Luis da Câmara Cascudo já mencionava o prato como um dos pilares da nossa alimentação. “Certo é que portugueses e africanos vieram para o Brasil conhecendo o cuscuz. Aqui é que ele se fez de milho e molhou-se no leite de coco”, diz trecho do livro. Com o tempo, o Cuscuz se espalhou pelo país e ganhou características regionais.
Cuscuz nordestino x Cuscuz paulista
O cuscuz faz parte do dia-a-dia do brasileiro e, às vezes até aparece em discussões na internet. A polêmica envolvendo as duas regiões do país tenta decidir qual é o melhor.
O cuscuz tradicional nordestino é feito com flocão de milho hidratado com água e sal. Depois de cozido, dá para comer com manteiga, queijo ou acompanhamentos. Já o cuscuz paulista tem sardinha, pimentão, cebola e ovos misturado com a massa.
Em homenagem à data, a prefeitura de Salvador entrou na onda dos memes e publicou em suas redes sociais uma imagem que brinca com a polêmica. Em tom descontraído, a prefeitura de São Paulo comentou “#TodoCuscuzImporta”.
Fonte: Terra