Menino obeso observa de plataforma de balança; obesidade em crianças e adolescentes quadruplicou em 32 anos — Foto: Freepik
A mais recente estimativa global sobre taxa de obesidade indica que a população de obesos já superou a marca de 1 bilhão. O aumento foi puxado, sobretudo, por uma elevação na prevalência de sobrepeso entre crianças e adolescentes, que quadruplicou em pouco mais de três décadas.
Naquele ano, 879 milhões de adultos eram considerados obesos, enquanto 159 milhões de crianças e adolescentes (de 5 a 19 anos) também se enquadravam nessa categoria. Considerando a população global de 8,1 bilhões de pessoas, isso significa que um a cada oito indivíduos no planeta é obesa. Os resultados do estudo estão detalhados em um artigo publicado hoje na revista médica britânica Lancet, assinado por mais de 1.500 pesquisadores.
Apesar de crianças e adolescentes ainda serem minoria na população obesa, a taxa de obesidade entre eles quadruplicou entre 1990 e 2022. Em meninas a parcela subiu de 1,7% para 6,9% no período, e em meninos subiu de 2,1% para 9,3%.
Entre adultos, a taxa de obesidade dobrou entre mulheres (de 8,8% para 18,5%) e quase triplicou em homens (4,8% para 14,0%).
Brasil
A obesidade no Brasil está acima da média global em todas essas subpopulações. A taxa é de 33% para mulheres, 25% para homens, 14% para meninas e 17% para meninos. Entre os países latino-americanos, porém, brasileiros não destoam muito da média. Têm as menores taxas de obesidade em adultos, e segunda menor em crianças considerando os países do Mercosul, por exemplo.
O estudo adotou como critério para obesidade o índice de massa corporal (IMC) acima de 30 kg/m². Os cientistas reconhecem que o IMC, calculado por meio da divisão do peso pela estatura ao quadrado, é um índice limitado para avaliar a saúde de um indivíduo. Em contexto populacional, porém, é um dado estatístico muito efetivo para avaliar prevalência geral de saúde nutricional.
Sobrepeso x subpeso
O levantamento do grupo internacional também estimou a população de pessoas com subpeso por desnutrição. Nesse caso, foram contados aqueles com IMC abaixo de 18 kg/m². Nessa frente, a notícia é boa, porque o número de pessoas abaixo do peso minimamente saudável vem diminuindo. Cai de 10% para 8% em meninas e de 16% para 10% em meninos.
Essa tendência oposta entre as taxas de obesidade e magreza insalubre levaram o planeta a um ponto de inflexão. Agora há mais países no mundo onde o sobrepeso é um problema maior do que o subpeso. Isso não chega a ser um avanço completo, porque há muitas nações em desenvolvimento que apresentam os dois problemas simultaneamente.
“O fardo combinado do subpeso e da obesidade aumentou na maioria dos países, impulsionado por um aumento da obesidade, enquanto o subpeso e a magreza seguem prevalentes no sul da Ásia e em partes da África”, escrevem os cientistas na Lancet. “O aumento do duplo fardo foi maior em alguns países de renda alta e média, notadamente na Polinésia e na Micronésia (Pacífico), além de Oriente Médio e Norte da África.”
O Chile é um país na transição de renda média para alta onde o problema é acentuado, e no centro da Europa também, sobretudo entre homens. O EUA continuam destoando do grupo de nações ricas, com taxas de obesidade altas para seu padrão de PIB per capita, uma tendência já de décadas.
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