O governador Gladson Cameli participou neste domingo, 3, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, da Assembleia Geral da Coalizão Under2, durante a COP28. O evento reuniu lideranças de diversos países e teve o objetivo de ampliar a discussão da rede de estados subnacionais sobre políticas de intervenção e investimento que cada governo realizou para alcançar a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC).
Em seu discurso, Cameli destacou que o governo deixou de ser punitivo para se tornar um grande orientador, conscientizando as pessoas e a própria sociedade de que um movimento inclusivo poderia transformar cada indivíduo num agente efetivo de controle e conservação.
Com isso, o Acre reduziu 71% dos alertas de desmatamento e 41% dos focos de queimadas, se comparado a 2022.
“Nossos agentes passaram a ser reconhecidos como parceiros que instruem sobre a melhor forma de equilibrar responsabilidade ambiental e social com desenvolvimento econômico”, destacou.
Mas esse não foi um trabalho simples, segundo Cameli. “Começou com um trabalho interno de reposicionamento e conscientização em toda a estrutura do governo, inclusive órgãos que não estavam interligados diretamente ao assunto”, completou.
Quando perguntado sobre como o governo nacional deveria abordar o desenvolvimento de novas NDCs, o governador enfatizou que o governo federal tem sido um grande e importante parceiro do Acre.
“Primeiro é preciso destacar que o governo federal reposicionou a Amazônia e a questão climática como grande tema global a ser debatido, não sob o viés de geopolítica, mas como instrumento fundamental para a manutenção da vida no planeta. O fato de estarmos aqui, conversando sobre isso é um demonstrativo desse avanço”, disse.
Por fim, o governador acreano foi indagado sobre como a Coalizão Under2 pode, nos próximos dois anos, auxiliar os estados subnacionais no apoio aos seus governos nacionais no desenvolvimento de NDCs.
Segundo ele, a rede já contribui de forma tangível e relevante ao expandir pelos diversos continentes a discussão e o comprometimento em alcançar emissões líquidas zero até 2050.
“É preciso ter em perspectiva que todos os compromissos só se tornam realidade quando aplicados no dia a dia das comunidades. Nesse sentido, a presença dos estados subnacionais dá sentido prático às diretrizes assumidas pelos governos nacionais”, finalizou.
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