Nesta quarta-feira, 29, se completa um mês da queda do avião Grand Caravan 208B de matrícula PT-MEE, da empresa ART Táxi Aéreo, que saia do Aeroporto Plácido de Castro em Rio Branco com destino aos municípios de Envira e Eirunepé, no Amazonas. A aeronave com 2 pilotos e 10 passageiros caiu cerca de 1.800 metros da cabeceira da pista do aeroporto, matando todos os seus ocupantes.
Após 30 dias do acidente que repercutiu na mídia nacional e internacional, a Força Aérea Brasileira, através do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aéreos), ainda não divulgou relatório preliminar sobre as causas do acidente. Investigadores do Sétimo Serviço Regional de Prevenção e Investigação de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VII), que estiveram no local do acidente e no aeroporto de Rio Branco reunindo documentos do voo e entrevistando profissionais que tiveram relação com os procedimentos anteriores ao voo, ainda tentam dar sentido ao que foi coletado.
O que se sabe sobre o avião de matrícula PT-MEE?
O avião Grand Caravan 208B é considerado um dos aviões mais seguros do mundo em sua modalidade. Conhecido pela robustez, o modelo é utilizado em várias partes do mundo.
Em 2008, o mesmo avião sofreu um incidente (quando não há vítimas) ao fazer um pouso de emergência nas margens da rodovia Transamazônica. Segundo o relatório do CENIPA, que foi concluído em 2012, a aeronave realizava uma viagem de transporte de malotes dos Correios no trecho Belém-Altamira-Itaituba, com apenas os dois pilotos a bordo. O problema ocorreu na segunda etapa do percurso, de Altamira para Itaituba. Uma falha da manutenção da aeronave causou a perda de óleo no motor, deixando-o inoperante. A investigação apontou dano grave no motor, na fuselagem, na asa esquerda e na superfície de comandos, mas o avião foi recuperado e passou a operar novamente com todos os certificados válidos e manutenção em dia.
O Grand Caravan 208B é homologado para transportar 9 passageiros, mas levava 10 pessoas no momento do acidente, já que uma criança de apenas 1 ano e 7 meses não ocupava assento e viajava no colo da mãe. Além dos passageiros e bagagem, o avião levava caixas de alimentos. O peso máximo de decolagem do avião era de 3.969 kg, mas o valor pode sofrer alterações dependendo da temperatura do ambiente e pressão atmosférica.
O ac24horas tentou contato com o Centro de Comunicação Social da Aeronáutica questionando sobre os avanços da investigação, mas não obteve resposta até o momento.
Com informações do ac24horas.com
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