O Ministério das Mulheres, por meio da Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres (Senev), realizou mais uma edição do “Diálogos pela Inclusão”, desta vez em Roraima, entre 9 e 11 de outubro. Em parceria com o Governo de Roraima, via Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres (CEPPM), municípios e lideranças indígenas, a caravana percorreu diversas comunidades nos municípios de Alto Alegre, Paracaima e Uiramutã, chegando ao território indígena Raposa Serra do Sol, com o tema “Inclusão de Políticas Públicas para as Mulheres e Meninas em Comunidades Indígenas de Roraima”.
Por meio da escutiva ativa e qualificada, os diálogos foram realizados com o objetivo de debater políticas públicas para meninas e mulheres, visando a prevenção e enfrentamento de todas as formas de violência, em especial o abuso sexual e a violência doméstica e familiar. Também foram abordados temas como direito à saúde e educação, aborto previsto em lei, autonomia econômica e cultura.
“Roraima está no ranking de meninas grávidas entre 10 e 14 anos, então nós fomos dialogar sobre essa realidade de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, debater quais são os problemas da rede no estado, analisar o funcionamento dos serviços de atendimento. Desta vez fomos sobretudo em comunidades indígenas, mas temos perspectiva de retornar para dialogar também em Rio Branco, no Acre, para discutir com as comunidades ribeirinhas”, explica Pagu Rodrigues, coordenadora-geral de Prevenção à Violência contra Mulheres, da Senev/MMulheres.
Os diálogos envolveram também representantes de órgãos que compõem a rede de enfrentamento à violência contra mulher para pensar fluxos e protocolos de atendimento. Participaram do encontro a Defensoria Pública de Roraima, FUNAI regional, Polícia Civil, além de representantes das prefeituras de Boa Vista, Pacaraima, Alto Alegre e Uiramutã.
A proposta é que as ações resultem na produção e implementação adequada de políticas públicas efetivas voltadas a mulheres indígenas do estado de Roraima, assim como mulheres negras, LBT, com deficiência, migrantes, do campo, da floresta, das águas e da cidade.
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