Categorias: Notícias

Rosa Weber se despede do STF e abre nova vaga para indicação de Lula

A ministra Rosa Weber presidiu, nesta quarta-feira (27), a última sessão no comando do Supremo Tribunal Federal (STF). Nomeada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2011, Rosa deixará o tribunal nos próximos dias ao completar 75 anos e se aposentar compulsoriamente.

No discurso de despedida, a ministra destacou os atos golpistas de 8 de janeiro. Ela lembrou que, pela primeira vez na história, a sede da Corte foi invadida e depredada. Rosa afirmou que o episódio mostrou que a “democracia ficou inabalada”.

“Inabalada restou nossa democracia, como inabalável continua, simbolizada neste plenário inteiramente restaurado. Ficou a advertência, cabe a todos a defesa intransigente da democracia constitucional”, afirmou.

Rosa Weber disse ainda que teve a oportunidade de conhecer o país ao visitar presídios, quilombos e terras indígenas.

“A partir dos trabalhos desenvolvidos, mais e melhor conhecer esse Brasil de tantos brasis, esse Brasil plural, de tantas desigualdades e mazelas e, ao mesmo tempo, de tantas belezas e de riquezas de toda ordem”, concluiu.

Amanhã (28), em substituição a Rosa Weber, o ministro Luís Roberto Barroso tomará posse no cargo de presidente da Corte.

Trajetória
Rosa tomou posse em dezembro de 2011. Ela entrou na vaga deixada pela aposentadoria da ministra Ellen Gracie, primeira mulher a ser nomeada para a Corte, em 2000.

Weber foi indicada pela ex-presidente Dilma Rousseff. Antes de chegar ao Supremo, a ministra fez carreira na Justiça do Trabalho, onde iniciou como juíza trabalhista no Rio Grande do Sul e chegou ao cargo de ministra do Tribunal Superior do Trabalho (TST).

Durante sua passagem pela Corte, a ministra se destacou pelo voto proferido a favor da descriminalização do aborto até a 12ª semana de gestação e a manifestação contra o habeas corpus preventivo para evitar a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2018.

Nesta semana, na função de presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Rosa conseguiu articular a aprovação da resolução para ampliar a promoção de mulheres na magistratura.

No CNJ, a ministra também retomou a realização de mutirões carcerários e visitou territórios indígenas, além de lançar a primeira Constituição em línguas indígenas.

Vaga aberta
A vaga deixada por Rosa Weber deverá ser preenchida por indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Não há prazo para a nomeação.

Após a definição do nome, o indicado precisará ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e pelo plenário da Casa. Em seguida, a posse será marcada.

Com a saída de Rosa, o plenário da Corte será composto, ainda que temporariamente, por apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia. O cenário pode ser alterado a depender da indicação de Lula.

Edmilson Ferreira
Compartilhe
Publicado por
Edmilson Ferreira

Últimas Notícias

No Dia da Independência, Gladson garante fortalecer poderes no Acre

Com o cancelamento do tradicional desfile de 7 de Setembro devido aos altos índices de…

07/09/2024

Estudo indica 2 vegetais para reduzir a pressão alta. Saiba quais

Manter uma dieta controlada é obrigatório para quem tem pressão alta. Mas não são apenas…

07/09/2024

Motorista foge de tentativa de assalto por homens de fuzil no meio da rua; veja vídeo

As imagens de uma tentativa de assalto, na madrugada desta quinta-feira (5), assustaram internautas após…

07/09/2024

Vídeo: Mãe denuncia PM por ofender filho de 6 anos: “Deixa de ser viadinho”

Um sargento da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), identificado como Rafael Vasconcelos Santos Gomes,…

07/09/2024

O Pantanal vai acabar? Entenda a “previsão” da ministra Marina Silva

As queimadas que estão atingindo o Pantanal têm preocupado autoridades sobre o futuro do bioma.…

07/09/2024

Jovem reage a assalto, toma faca de ladrão e golpeia bandidos; Confira o vídeo

Um jovem reagiu a um assalto na noite dessa quinta-feira (5/9), na QNM 12, em…

07/09/2024