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Francisca Brito discorre sobre a nova profissão criada pela felicidade

Objeto de pesquisa para uns, tema de grandes discussões filosóficas para outros, a felicidade tem sido pauta entre pesquisadores, filósofos e religiosos por anos. Para todos esses, sua importância em todos os setores da vida nunca foi contestada, e a sua busca sempre foi objeto de curiosidade e estudos.

O que é uma grande novidade é que a felicidade virou pauta importante também no trabalho, quando pesquisadores apontaram que ela traz engajamento, satisfação e comprometimento organizacional afetivo, como destaca a professora Cynthia Fisher, da Bond University, da Austrália, em seu artigo Happiness at Work.

Pesquisa feita pela publicação Harvard Business Review aponta que colaboradores felizes são 31% mais produtivos, 85% mais eficientes e 300% mais inovadores. Como exemplo disso, a Elektro, concessionária de energia elétrica do interior paulista, foi considerada a melhor empresa do ano, com índice de felicidade no trabalho de 92,5%, quando, em 2012, aplicou um modelo de gestão que primava pela felicidade de seus colaboradores. E, no ano seguinte, foi considerada a melhor empresa do Brasil para se trabalhar, recebendo o selo internacional Great Place to Work.

Diante de números alarmantes de transtornos mentais, que resultam na perda de talentos e produtividade nos setores, o bem-estar nunca foi tão urgente e a felicidade do colaborador passou a ser levada a sério, criando até uma nova profissão, o chief happiness officer, ou “chefe da felicidade”, como é apelidado, profissão consolidada na Europa há pelo menos 15 anos, que tem crescido no Brasil desde a pandemia.

O chief happiness officer possui, pelo menos, quatro habilidades essenciais: habilidades com pessoas, habilidades de comunicação, habilidades para resolver problemas e pensamento criativo. Investir em profissionais com essas habilidades para trabalhar com os colaboradores ou servidores de sua equipe é entender que o trabalho é um propósito de vida, o legado que vamos deixar no mundo, e por isso deve ser uma fonte de satisfação pessoal e não apenas de subsistência.

Pesquisa feita pelo Employment and Employability Institute (Instituto de Emprego e Empregabilidade), de Singapura, mostrou que a felicidade corporativa é um ponto importante e quase que obrigatório para a próxima geração de trabalhadores, os millennials, uma vez que 53% querem atuar em empresas cujos valores sejam os mesmos que os seus, 75% procuram uma rotina flexível entre trabalho e tempo livre, 44% dizem que buscam um ambiente amigável e 90% almejam desafios e oportunidades de crescimento.

Certo é que a geração atual de trabalhadores também tem exigido, tanto no setor público quanto no privado, cada vez mais esse olhar dos gestores, que devem estar atentos em proporcionar um ambiente de trabalho saudável, acolhedor e respeitoso, onde as pessoas possam ser capacitadas e incentivadas a se desenvolver, se quiserem ter uma gestão bem-sucedida, com foco na produtividade elevada e entrega de resultados.

*Francisca Brito é advogada, servidora pública, diretora da OCA. Especialista em Didática de Educação, atua com foco em liderança e gestão pública

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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