Era fim do jantar e a equipe do Geoparque de Seridó, do Rio Grande do Norte, aguardava um táxi, quando sentiu o chão tremer “meio que em ondas que vibravam”.
“A gente se abrigou na praça. Sentimos pela segunda vez outro abalo de menor magnitude e um mais leve, no final”. Quem traz o relato é o geólogo Marcos Nascimento, do Departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e coordenador científico do Geoparque Seridó.
Ele e mais três integrantes da comitiva do parque estavam em Marrakech, no Marrocos, no momento em que a cidade foi atingida por um terremoto de magnitude 6.8 na escala Richter no último dia 8. O grupo participava da 10ª Conferência Internacional de Geoparques Mundiais da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
O geólogo conta que, por todo lado, ouviam-se sirenes e viam-se comboios de ambulâncias. O número de mortos já passa de 2 mil, conforme últimos dados do governo local.
Nascimento explica que a cidade de Marrakech fica próxima da região das altas montanhas, chamada Alto Atlas, onde há o encontro de duas placas tectônicas, da África e da Europa. Essas placas colidiram-se, provocando o forte tremor no país, localizado no norte da África, por volta das 23h20 (19h20 no Brasil) da última sexta-feira. A medina, onde estão as construções mais antigas e importante ponto turístico, foi a área mais afetada de Marrakech.
“Não são preparadas [as construções] para esse tipo de impacto e muitas foram demolidas. Com isso, se gerou um caos, porque eram blocos de rocha caindo sobre pessoas, sobre casas e carros. E a gente lá, no meio de tudo isso”, relata Nascimento à Agência Brasil.
Após o terremoto, a equipe entrou em contato com as demais comitivas brasileiras e soube que todos estavam bem. O grupo do Geoparque Seridó deixou o Marrocos e já está em Portugal para missões técnicas. Eles regressam a Natal no próximo sábado (16).
Ajuda
Com o cancelamento das atividades da conferência em razão do terremoto, os conferencistas participaram de mutirões para ajudar a população local, com doação de sangue e dinheiro. “Houve também doação de dinheiro de quem pagou inscrição para participar da excursão que seria realizada hoje e teria direito à devolução do dinheiro. Essa doação foi para ajuda humanitária na região de Marrakech e no entorno”, disse.
Já imaginou receber de volta em dinheiro uma parte dos impostos pagos nas suas compras?…
O Internacional derrotou o Vasco por 1 a 0, na noite desta quinta-feira (21) no…
A taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2024 foi de 6,4%, recuando 0,5 ponto…
Todo o investimento foi de R$ 2.239.666,48, de orçamento próprio, incluindo pavimentação dos acessos, tratamento…
O Brasil garantiu a classificação para a edição 2025 da Americup, Copa América de basquete…
Investidores, empresários e baristas do Brasil e de diversos países do mundo têm degustado e…