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Exposição no Complexo da Maré destaca estética dos bailes de favela

Bailes de favela são o tema da exposição Pista Ritmo Fluxo, que estreia hoje (12) no Galpão Bela Maré, espaço cultural na favela Nova Holanda, Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. A mostra apresenta pinturas, fotografias e instalações produzidas por artistas de comunidades periféricas do Rio de Janeiro. A iniciativa é coordenada pelo Observatório de Favelas, organização da sociedade civil que defende políticas públicas e direitos às populações de favelas.

Durante três meses, os artistas participaram de uma residência-formativa na Escola Livre de Artes (ELÃ). Nos encontros, eles estudaram a estética dos bailes, com ênfase nos aspectos culturais e políticos. Nesse período, foi prepara e montada a exposição. E o público em geral teve a oportunidade de participar de uma Aula Baile aberta.

Os artistas residentes que expõem trabalhos nessa edição do projeto são: Agatha Maria, Aline Peres, Bruno Lyfe, Ciana, Guilherme Kid, Idra Maria, Joelington Rios, Malvo, Mapô, Mayra, Melissa de Oliveira, Myllena Araujo, Preta QueenB Rull, Roberta Holiday e Tainan Cabral. Todos de origem favelada e periférica. A curadoria da exposição é de Jean Carlos Azuos.

A parte pedagógica ficou sob responsabilidade da coordenadora Natália Nichols. Ela destacou a importância do intercâmbio cultural entre os participantes e da diversidade de experiências artísticas.

“A mostra celebra essa cena artística que nasce com o desejo de exaltar referências culturais que vem das favelas e periferias. Será possível ver trabalhos em diversos suportes e influências como pintura, fotografia e instalação. A exposição é fruto desta experiência artístico-pedagógica e também foi pensada coletivamente pelo grupo”, disse Natália Nichols.

No evento de lançamento da exposição, se apresentam a multiartista e pesquisadora de som Ciana, com participações de Preta QueenB Rull (cantor, compositor, ator, criador de conteúdos e drag queen) e Mother Idra Maria (performer, figurinista e artista cênica). Elas vão trazer um pouco da cultura ballroom, bailes voltados tradicionalmente para a população afro-americana e latina LGBTQ+. Também estão previstas participações dos DJ Glau e DJ Onírica, e do Batekoo DJ Set (movimento de artistas negros, periféricos e LGBTQ+).

A Escola Livre de Artes (ELÃ) existe desde 2019 e tem apoio do Ministério da Cultura. E conta com patrocínio do Instituto Cultural Vale, Itaú Unibanco e White Martins, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura.

Edmilson Ferreira
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