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Social media Juliana Guedes escreve sobre etnoturismo no Acre

Etnoturismo e perpetuação de tradições dos povos originários

Por Juliana Guedes*

Não é de hoje que sabemos a importância que a ancestralidade traz a nossas vidas. Por muito tempo, povos indígenas passavam despercebidos em meio à sociedade. Atualmente, nós os vemos inclusos em diversos aspectos, levando sua origem com garra e orgulho, conhecendo outro mundo, diferente, a partir de convívio com outras pessoas, como em faculdades, em oportunidades que são dignas e que qualquer pessoa poderia ter.

Mas o que de fato podemos aprender com eles? Sobre ervas medicinais, a natureza nos revela uma infinidade útil em nosso cotidiano, ervas que podem ser utilizadas para culinária e beleza, podendo ser até o famoso tucumã. Os indígenas são extraordinariamente fiéis nesse assunto, o cuidado com as pessoas e a natureza. É impossível não se encantar com a floresta, pelos olhares que eles têm e por terem oportunidade de desfrutar de tais presentes divinos. Estamos finalizando um dos festivais mais importantes ao extremo norte da Amazônia Ocidental, localizado em Mâncio Lima.

O Festival Atsá Puyanawa é bem mais que uma simples viagem e adentrar em meio à floresta e conhecer sua história. É uma ligação direta com costumes, pinturas e comidas que não irão encontrar em outros lugares. Uma das questões encantadoras é o artesanato; seria injusto não ter palavras para poder falar quanta perfeição e dedicação em cada acessório que um indígena faz. Também são apresentados cantos tradicionais, brincadeiras, uma conexão com os visitantes da forma mais divertida possível.

“Atsá” vem da tão conhecida macaxeira, aipim para outros, mandioca ou maniva, possui nomes diferentes em cada região, é uma das fontes de renda para os povos e bastante usada na culinária, muitas comidas são derivadas dela. Essa festa cultural é muito aguardada não somente por quem é da região, representando um resgate de conexão extrema com a natureza também para os turistas. Além de ser um grande movimento turístico regional, valorizando nosso Juruá e troca de conhecimentos, são oportunidades que são vividas unicamente.

Que este artigo seja um pouco de fortalecimento para quem é propriamente do Acre e outros estados, que se volte a rever a importância de conhecer diferentes etnias. Costumo dizer que o belo é conhecer o que está a nossa volta, e assim por diante, conhecer os demais lugares. Pisar firme onde se vive, assim sendo um poder grandioso para o turismo, que seja, em cada momento propício como este, um fortalecimento para essa cultura tão esplêndida, abrir espaço para quem precisa, deixar o preconceito de lado e abraçar nossa humanidade.

*Juliana Guedes, graduanda em Ciências Biológicas, é repórter e social mídia

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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