Alguém tem dúvida de que o governador Gladson Cameli, foto, se disputasse hoje novamente o cargo se elegeria? Não tenho nem dúvida que ganharia de novo. Mesmo sendo um governo sem grandes obras. O problema é que não se pode fazer a análise política com o fígado e nem para ser agradável. É um erro amador, é querer agradar, se dizer que um candidato a prefeito de Rio Branco apoiado pelo Gladson, com toda a sua popularidade, está eleito. Coisa nenhuma. A equação não é essa. A máquina estatal pode até ajudar, mas não é decisiva. A eleição majoritária tem um componente diferente das eleições proporcionais. O candidato a prefeito, por exemplo, se não conseguir estabelecer uma empatia com o eleitorado, pode ser apoiado pela máquina do poder, pelo Papa, que não escapa de entrar na Balsa para Manacapuru. O Gladson tem um carisma, uma interação com a população, uma simpatia, que é só dele, e não é transferível. Se fosse transferível a prefeita hoje seria a Socorro Neri e não o Bocalom; e o senador seria o Ney Amorim, e não o Alan Rick. O Gladson colocou ambos debaixo do braço nas campanhas para a prefeitura e para o Senado, e não escaparam da derrota. Quem for o candidato a prefeito pelo grupo que está no poder trate de colocar sebo nas canelas e cair em campo nos bairros na busca de conseguir conquistar os votos, ou vai levar ferro nas urnas. O Gladson tem votos para se eleger, mas para eleger um candidato, o buraco é mais embaixo. E quando o povão quer votar num nome para prefeito, não quer saber quem está lhe apoiando; é como água de morro abaixo, ninguém segura. O jogo é esse. A turma do PP entenda isso. O Gladson não tem a varinha mágica que com um toque elege até um poste.
EXEMPLO POLÍTICO
O PSD deu um belo exemplo político: traidor político tem que ser tratado como traidor político. Agiu certo ao expulsar todos os que apoiaram candidatos de outros partidos na última eleição. Um partido tem seu estatuto, e quem não seguir tem de pegar o caminho da rua.
BATALHA NOS TRIBUNAIS
A batalha agora é nos tribunais. O PSD vai entrar com ações por infidelidade partidária, pedindo os mandatos de todos os vereadores expulsos. Tratem de arrumar advogados.
OUTRA SITUAÇÃO
O PDT é apenas um aliado do governador Gladson, mas não é um puxadinho. É um partido com forte representação política, e tem todo direito de aspirar ter um nome na chapa majoritária de um candidato de um partido fora da base do governo. Por isso, vejo como natural, a deputada MIchelle Melo (PDT) admitir que pode discutir ser vice do Marcus Alexandre, na disputa da PMRB.
QUEM VIRA SATÉLITE, SOME
Um partido para crescer tem que ter candidato próprio. O PDT ter um nome para vice ou para prefeito, é normal. Não é normal ser um satélite do PP. Pois neste caso apenas o PP cresce.
NÃO APOSTARIA
Fosse o prefeito Tião Bocalom não acreditaria muito no prometido apoio do senador Márcio Bittar (UB). Mesmo porque, ele não tem base na capital.
ACABOU A FOBA
O REPUBLICANOS e o PP, ambos base do Bolsonaro, estão em tratativas finais para entrar na base de apoio do Lula no Congresso. O Centrão nunca foi ideológico, o seu apoio sempre foi movido por cargos e ministérios no governo de plantão.
PERDEU A BATALHA
Pelas informações que tenho, o PSD perdeu a batalha para o MDB, na disputa pela filiação do ex-prefeito Marcus Alexandre. A saber qual será a reação do senador Sérgio Petecão (PSD), se continuará mesmo assim apoiando a candidatura do Marcus.
SÓ EXPULSO
O prefeito Tião Bocalom não está blefando quando fala que só sairá do PP se for expulso. Vai brigar internamente para ser o candidato do PP. Para isso teria que ter maioria no diretório municipal do PP, e pelas informações que tenho, é minoritário.
QUAL A EXPLICAÇÃO?
“Se as próximas pesquisas mostrarem o Bocalom disparado na frente do Alysson Bestene, como é que vão argumentar para não lhe dar legenda?” Foi a pergunta enviada ontem por um assessor do prefeito Tião Bocalom.
PANOS PARA AS MANGAS
Essa briga no PP entre o secretário Alysson Bestene e o prefeito Tião Bocalom, pela legenda para ser candidato, ainda vai dar muitos panos para as mangas.
VENDO O CENÁRIO
O senador Alan Rick (UB) ainda não se manifestou sobre que candidato a prefeito da capital vai apoiar. Está certo em esperar a poeira da briga sentar. Além do fato de estarmos longe da eleição.
GRANDE TESTE
A prefeita Fernanda Hassem vai enfrentar um desafio, o de ajudar a eleger a sua chefe de gabinete Suly Guimarães, sua sucessora, que nunca disputou a eleição. Mas um nome novo pode ser um atrativo eleitoral.
CULTURA DO ÓDIO
Uma punição severa para os que agrediram o ministro Alexandre de Moraes e familiares, tem que acontecer, para ser didático aos que seguem a cultura do ódio político.
ACABOU, PERDERAM A ELEIÇÃO
Não adianta continuar essa cultura do ódio, porque não vai mudar o resultado eleitoral. O Lula ganhou e o Bolsonaro perdeu, e a vida continua.
PAULO RAPADURA
Foi eleito vereador de Rio Branco numa campanha folclórica, distribuindo rapaduras, por isso ficou no cenário político como Paulo Rapadura. Era um político educado e preparado. Sempre tivemos boas relações. Que Deus o receba, Paulo!
ELEIÇÃO ABERTA
Ninguém fique pensando que a eleição para a prefeitura de Rio Branco está decidida. Está mais aberta do que nunca. Até a campanha começar, tudo que se falar sobre o quadro para a PMRB, fica no campo da especulação.
CRIME AMBIENTAL
Vergonhoso ninguém ter tomado providência sobre um esgoto a céu aberto que corre ao lado da estação de tratamento de água da Manuel Urbano, como foi mostrado pela TV-GAZETA. Com a palavra as autoridades da área ambiental.
FRASE MARCANTE
“A política é a arte de transformar uma mentira em verdade para ganhar eleição”. Máxima da política mineira.
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