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Exposição ressalta a importância das lanternas para a cultura coreana

Na cultura coreana, as lanternas coloridas fazem parte de uma festa tradicional, celebrada todos os anos em algumas cidades do país. E são essas lanternas que agora ganham uma exposição luminosa no Centro Cultural Coreano do Brasil (CCCB), na Avenida Paulista, em São Paulo. Intitulada Luzes da Coreia – Exposição da Cidade de Jinju, a mostra é gratuita, teve início neste domingo (18) e vai até o dia 20 de agosto.

“A exposição foi feita em colaboração com a cidade de Jinju, maior fabricante de seda coreana. As lanternas expostas aqui no centro são feitas de seda coreana, de Jinju. Além de fazer roupas, o chamado hanbok [roupa tradicional coreana], eles começaram a utilizar a seda para fazer lanternas. Essa cidade tem um dos maiores festival de luzes da Coreia, que acontece em agosto”, explicou Mideum Seo, responsável pela exposição, em entrevista à Agência Brasil.

Para essa exposição em São Paulo foi criado um túnel com cerca de 1,2 mil lanternas coloridas, que culmina com uma lua cheia e extremamente iluminada onde se forma uma fila para fotos. “Elas [as lanternas] representam a luz, a esperança e a união, e são um símbolo icônico da tradição do nosso país”, disse Cheulhong Kim, diretor do CCCB, em nota.

Ao final da mostra, o visitante se depara ainda com fotos e vídeos mostrando como é o festival em Jinju, com suas tradicionais lanternas flutuantes. “Pelo que sei, ali na cidade de Jinju o festival conta com cerca de 700 mil lanternas acesas”, disse Mideum Seo.

Essa tradição remonta à Guerra de Imjin, em 1592, quando a cidade foi palco de uma invasão japonesa. Foi assim que, para proteger a cidade, as pessoas começaram a iluminar o rio com lanternas. “O público coloca as lanternas no rio da cidade de Jinju. Esse foi o início da tradição”, disse o responsável pela mostra.

Segundo o Centro Cultural Coreano, as lanternas flutuantes foram utilizadas como estratégia militar para impedir que as tropas atravessassem o Rio Namgang.

Mas além da proteção à cidade, essas lanternas também passaram a servir para espalhar mensagens ou para fazer a comunicação entre familiares que estavam separados pelo rio. “A mãe que estava longe do filho soldado fazia flutuar uma lanterna com cartas”, disse.

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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