Ainda que o Brasil seja considerado um especialista em transplantes, o número de doadores no país está abaixo da média mundial. Enquanto a taxa de não-autorização por parte dos familiares é de 25% no mundo, no Brasil esse índice chega a 43%.
Com o intuito de conscientizar a população e aumentar o número de doadores, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), ressalta a importância de doar órgãos e tecidos.
O estado do Acre está habilitado, no momento, a realizar duas modalidades de transplantes: córnea e fígado. O transplante renal se encontra em processo de habilitação, para em breve ser retomado.
De acordo com a coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Órgãos e Tecidos, Suilany Souza, é importante informar à população que existe todo um processo macro administrativo e assistencial que antecede a realização dos transplantes.
Coordenadora da Central Estadual de Transplantes de Órgãos e Tecidos, Suilany Souza. Foto: assessoria Sesacre
“Começa com as equipes multiprofissionais que atuam na assistência dos hospitais e na identificação de um paciente em possível morte encefálica. A partir daí, começa toda uma logística para abertura de protocolo com exames clínicos e de imagem, manutenção de múltiplos parâmetros fisiológicos e clínicos”, explicou Suilany Souza.
A coordenadora ainda salienta que a equipe da Organização de Procura de Orgãos (OPO) trabalha junto com a Central de Transplantes da Sesacre, intermediando e acompanhando todo o processo até a confirmação do óbito. Depois vem a entrevista familiar, para verificar e explicar todo o processo e o óbito.
“Se a família concordar com a doação, começa, então, a corrida para realizar todos os exames que faltam, garantindo, assim, a manutenção adequada do doador”, completou.
As centrais de Regulação de Urgência e de Leitos garantem, junto com a Central de Transplantes, a transferência do doador para o hospital habilitado para que ocorra finalmente a captação e transplante.
Transplantes no Acre
Até o momento foram realizados no estado:
– 95 transplantes de rins, sendo que 37 foram com doador vivo e 58 com doador falecido. Outros pacientes se encontram em lista de espera por um transplante;
– 295 transplantes de córnea, sendo que 102 pessoas aguardam em lista de espera por um transplante no estado;
– 65 transplantes de fígado, todos com doador falecido.
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