ROTA DO PACÍFICO a nova proposta do Acre para o mercado andino e asiático

Jairo Carioca/ Agência de Notícias do Acre —
O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), da Agência de Negócios do Acre (Anac) e da Secretaria de Turismo e Empreendedorismo (Sete), o Fórum de Inovação e Desenvolvimento, a Assembleia Legislativa (Aleac), a Federação das Indústrias do Acre (Fieac) e a Câmara de Comércio Exterior retomaram nesta quarta-feira, dia 3, o planejamento de ações estratégicas para o desenvolvimento do Projeto Rota para o Pacífico – Caminhos para o desenvolvimento do Acre.

O encontro foi realizado no plenário da Aleac e reuniu ainda representantes da Universidade Federal do Acre (Ufac), Sebrae, o Sindicato das Empresas de Logística e Transportes de Cargas (Setacre) e empresários do setor produtivo. Localizado geograficamente como ponto de enlace e entroncamento rodoviário do Brasil (BRs 364/317), o Acre é colocado como o centro geoeconômico.

“Considerando os investimentos que o governo peruano está realizando, em especial, o Terminal Portuário de Chancay, a mais equipada e moderna estrutura portuária da Costa do Pacífico da América do Sul, com a proposta de integrar negócios com a China e todo o Pacífico, é uma oportunidade nova para consagrarmos essa rota que tem, significativamente, redução de custos e prazos de entrega para as empresas exportadoras e importadoras. Tudo passando pelo Acre”, observou o titular da Seict, Assurbanipal Mesquita.

Durante o debate, foram definidas agendas de trabalho visando a promoção, identificação de oportunidades e articulação para soluções aos entraves burocráticos, logísticos e políticos para o desenvolvimento do Projeto Rota para o Pacífico.

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Luiz Gonzaga (PSDB), destacou os produtos que, através de acordos bilaterais, podem entrar e sair do estado do Acre pela rota do Pacífico. “São mais de seis mil produtos que podem ser exportados e importados entre o Brasil e Peru com alíquota zero. Praticamente uma área de livre comércio que precisa ser melhor aproveitada. Vamos envolver o Itamaraty e os estados vizinhos com Rondônia, Amazonas e Mato Grosso para apoiar esse corredor que se apresenta como uma nova fronteira agrícola do país”, disse Gonzaga.

A titular da Anac, Waleska Bezerra, afirmou que a agenda faz parte da missão do Estado na promoção de ações para o fortalecimento das exportações. Ela destacou a transformação que ocorre no setor do agronegócio do Acre, que deverá ser conectada com a consolidação da Rota Interoceânica.

“A exportação de carne suína já é um resultado positivo, mas, além desse, existem outros produtos que precisam entrar no cenário de exportação para melhorar ainda mais os dados da balança comercial com geração de emprego e renda”, acrescentou Waleska.

Agenda técnica
Para consolidar o regime especial de comércio transfronteiriço entre Assis Brasil e Iñapari (Peru), o grupo de trabalho vai buscar apoio da bancada federal do Acre e a chancela do Ministério das Relações Exteriores.

Três Seminários serão realizados em Mato Grosso, Rondônia e Acre a fim de fortalecer a parceria entre os estados e os países vizinhos. Dias 12 e 13 de maio serão feitas as primeiras visitas técnicas nas alfândegas de Brasileia e Assis Brasil.