Na última semana, o governo do Peru decretou estado de emergência e uso das Forças Armadas nas cinco fronteiras do país. A ação busca inibir o aumento da migração nos próximos 60 dias, afetando a liberdade de trânsito de pessoas nas regiões de divisa.
Frente a essa situação, nesta terça-feira, 2, membros do gabinete de crise migratória do governo do Acre reuniram-se para deliberar futuras ações acerca da migração no estado.
O titular da Secretaria de Estado da Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), Lauro Santos, ressalta: “O governo acreano está atento e buscando reforçar a ajuda humanitária, atendendo, com materiais de primeira necessidade, e articulando ações, com a colaboração das prefeituras e da sociedade civil, buscando a preservação dos municípios e a garantia dos direitos de todos”.
O Estado orienta a população a evitar viagens ao Peru, país vizinho e fronteiriço com cidades acreanas, frente aos conflitos internos relacionados à instabilidade política.
Uma das regiões de divisa com o Peru é o município de Assis Brasil, porta de entrada para o Brasil, resultando em um quadro que demanda cuidados especiais, como o acolhimento e regularização de migrantes e refugiados. Na ocasião, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Corrêa, relatou a atual situação do município frente à nova medida.
Em fevereiro, o governo peruano decretou estado de emergência em sete regiões, devido a uma série de protestos no país, que pediam a renúncia da presidente Dina Boluarte, resultando em problemáticas no fluxo migratório para o Acre. O governo do Acre respondeu com a criação do gabinete de crise, que avalia e acompanha as ações migratórias.
Além da Seasd, o gabinete estadual é composto pela Secretaria de Estado de Governo (Segov), Secretaria de Saúde (Sesacre), Secretaria de Comunicação (Secom), Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Casa Civil, Defesa Civil, Ministério Público do Acre, Defensoria Pública da União, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar do Acre, 4° BIS, Associação dos Municípios do Acre, Conselho Estadual de Assistência Social, Regional da Pastoral do Migrantes (Cáritas) e Agência Brasileira de Inteligência.
Também participam membros das prefeituras de Assis Brasil, Rio Branco, Epitaciolândia e Brasileia. E recentemente, por articulações, contou com a adição de membros do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
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