Atualidade

Cai a participação de mulheres no governo federal

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) lançou o Observatório de Pessoal, um portal de pesquisa de acesso público sobre os dados de pessoal do governo federal. Lançada na última semana, a plataforma reúne dados estatísticos e informações sobre tabelas de remuneração dos servidores.

Entre os dados, estão comparações sobre as presenças masculina e feminina em cargos de alta e média lideranças e o perfil dos ocupantes quanto à idade, estado civil e escolaridade. O Observatório de Pessoal também apresenta um recorte sobre pessoas com deficiência e de mulheres negras e indígenas na liderança pública.

De acordo com a ministra Esther Dweck, na primeira versão do relatório de pessoal, foi constatada uma redução do número de mulheres em cargos efetivos do governo, que passou de 46%, em fevereiro de 2019, para 45% em fevereiro de 2023.
“O período de ausência de concursos gerais e continuidade dos concursos em áreas predominantemente masculinas, como militares e segurança pública, foi um dos fatores que fizeram o percentual geral de mulheres no serviço público ficar estagnado”, explicou a ministra durante evento de lançamento da plataforma. “E quando olhamos sobre as mulheres no papel de lideranças, nem na média, nem na alta liderança, é proporcional à quantidade de servidoras na administração pública federal e mais abaixo ainda da média feminina da população brasileira”, acrescentou.

De acordo com o recorte apresentado sobre o estado civil dos ocupantes em cargos de liderança, o relatório do Observatório de Pessoal mostrou que, estatisticamente, a chance de homens com filhos menores de idade exercerem cargos de média e alta gestão é 3,2 vezes maior do que entre mulheres nas mesmas condições. “Isso reflete a dificuldade das mulheres em aceitar o cargo ou de serem chamadas a assumir cargos de gestão, porque o trabalho de cuidados geralmente fica com a mulher, e ela não consegue, ou não pode, aumentar sua responsabilidade. Mas é importante que a mulher seja chamada e a decisão de assumir, ou não, a liderança seja um fator pessoal, e não de incapacidade técnica”, afirmou a ministra.

Ainda segundo Esther Dweck, a ideia do observatório e do relatório sobre pessoal, por meio do recorte de gênero, raça e etnia, é consolidar uma política de transparência ativa e disponibilizar os dados de forma simples.

Como forma de ampliar a presença de pessoas negras em cargos de liderança, incluindo paridade entre homens e mulheres, o governo federal vai implementar um programa que reserva até 30% de vagas em cargos de comissão e funções de confiança na estrutura do Poder Executivo, incluindo administração direta, autarquias e fundações. O decreto foi assinado há pouco mais de 10 dias pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Edmilson Ferreira
Compartilhe
Publicado por
Edmilson Ferreira

Últimas Notícias

VÍDEO: Idosa encerra briga com tiros no próprio bar

Para acabar com uma briga em uma distribuidora de bebidas, uma idosa, de 63 anos,…

22/09/2024

VÍDEO: Delegado é morto após ser baleado em tentativa de assalto

O delegado da Polícia Civil de São Paulo, Mauro Guimarães Soares, foi morto após ser…

22/09/2024

Quanto tempo de exercício precisamos para compensar um dia sentado?

É muito provável que você passe boa parte do seu tempo sentado, em frente a…

22/09/2024

Vídeo: árbitro é agredido após cartão amarelo em campeonato; Confira as imagens

Nesse sábado (21/9), por volta das 14h, uma cena lamentável ocorreu durante um jogo de…

22/09/2024

Rio Iaco atinge 32 centímetros e chega à maior seca história em Sena Madureira

O Rio Iaco, em Sena Madureira,  alcançou o nível de 32 centímetros neste domingo, 22,…

22/09/2024

Festival Matias de Teatro de Rua 2024 agita Rio Branco e municípios do Acre até segunda, 23/9

Promovido pela Cia Visse e Versa, o Festival Matias de Teatro de Rua 2024, que…

22/09/2024