Após cinco semanas de imersão no Centro de Formação em Conservação da Biodiversidade (ACADEBio), os 153 novos servidores do ICMBio concluíram no último sábado (03/12) a etapa presencial do Curso de Formação em Conservação da Biodiversidade. Oriundos do concurso público realizado em fevereiro deste ano, os servidores ocuparam vagas de analista e técnico ambiental, sendo todos eles lotados em unidades situadas na Amazônia.
De acordo com o coordenador do curso, o analista ambiental Paulo Russo, são os territórios que definem as competências que devem ser trabalhadas. Nesse sentido, o que se busca é um processo de ensino-aprendizagem contextualizado e atento às potencialidades e conflitos inerentes ao bioma amazônico. Ainda segundo Russo, o momento de recepcionar e capacitar os colegas que chegam é, sobretudo, uma oportunidade estratégica para o órgão, visto que possibilita um olhar para dentro, ou seja, observar se a instituição está alcançando seus objetivos, avaliar erros e acertos, ampliar o diálogo com a sociedade e aprimorar sua forma de atuação.
Formação continuada
O Curso de Formação em Conservação da Biodiversidade foi construído por um Grupo de Trabalho que contou com representantes de todas as áreas do ICMBio, tendo como norte a ideia de formação continuada. Conforme explica a coordenadora de Carreira e Desenvolvimento do ICMBio, Thaís Ferraresi, a estrutura do curso foi pensada como uma trilha de aprendizagem dividida em três etapas que se complementam: Educação a Distância (EaD), etapa presencial na ACADEBio e, por fim, vivências práticas no território.
Assim, logo após a entrada em exercício, os novos servidores já iniciaram de forma remota o seu processo formativo. Com 40 horas de carga horária, a etapa EaD ocorreu entre 15 de agosto e 30 outubro, sendo subdividida em cinco unidades. O objetivo desse primeiro momento foi apresentar o Instituto Chico Mendes e trazer uma visão ampla sobre a instituição, com seus fluxos administrativos e atuações nos territórios. Políticas públicas, contexto amazônico, carreira de especialista em meio ambiente e desenvolvimento de pessoas no ICMBio foram alguns dos tópicos trabalhados, conforme aponta a pedagoga Kamila Oliveira, que coordenou essa fase do curso. Na avaliação de Kamila, a participação na etapa EaD foi muito qualificada, com bastante diálogo e interação.
Teoria e prática
Concluída a fase EaD, os alunos partiram para a etapa presencial do curso, que ocorreu na ACADEBio entre os dias 1º de novembro e 3 de dezembro. Ao longo de cinco semanas, teoria e prática caminharam juntas em temas como gestão ambiental pública, dinâmicas territoriais na Amazônia, instrumentos de gestão da biodiversidade, regularização fundiária, uso sustentável dos recursos naturais, ferramentas de gestão socioambiental, entre outros, além de uma unidade inteira dedicada às atividades de fiscalização (abordagem, armamento e tiro, auto de infração etc).
Localizada na Floresta Nacional de Ipanema (SP), uma unidade de conservação federal, a ACADEBio é o lugar por excelência para a construção da nossa forma de ser e fazer. Segundo Paulo Russo, é na ACADEBio que a nossa identidade institucional nasceu e vem sendo alimentada através do diálogo com a academia, os outros órgãos de gestão e os grupos sociais. Nesse período de dedicação exclusiva ao processo formativo, os participantes puderam se conhecer, trocar ideias e conviver com colegas mais antigos. Tudo isso dentro de uma unidade de conservação, tornando a experiência ainda mais rica. Na opinião da chefe do Centro de Formação, Fernanda Boaventura, a ACADEBio é um lugar de troca constante entre as pessoas, o que proporciona tanto o aprendizado quanto a construção de relações, opina Fernanda Boaventura, chefe do Centro de Formação.
Lotado na Reserva Extrativista do Lago do Capanã Grande (AM), o técnico ambiental recém-ingresso Diogo Baiero conta que o curso tem superado as expectativas, desde o módulo EaD até a etapa presencial. Segundo ele, a experiência na ACADEBio permitiu aprofundar o conhecimento necessário para a gestão multitarefa requerida pela instituição, com destaque para o cuidado e o esforço de toda a equipe envolvida na realização do curso, que buscou ser o mais acolhedora possível. Baiero conta que a percepção geral dos cursistas foi de que toda a formação foi feita de colega para colega, para além de estruturas formais de ensino.
Próximas etapas
Seguindo o fio lógico construído pela equipe pedagógica, o Curso de Formação em Conservação da Biodiversidade terá, ainda, uma terceira etapa: de fevereiro a junho de 2023 estão planejadas as vivências práticas nos territórios onde os novos servidores irão atuar. Contando com a mentoria de servidores antigos da casa, os colegas recém-chegados vão poder escolher e experimentar na prática uma das atividades desenvolvidas pelo ICMBio (operação de fiscalização, ação de uso público, monitoramento da biodiversidade, entre outras possibilidades). A culminância desse intenso processo formativo deve acontecer em julho de 2023, quando os novos colegas se encontrarão novamente na ACADEBio para um seminário de encerramento.
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