Fundamental para a proteção e desenvolvimento do bebê, o aleitamento materno também é responsável por benefícios para a saúde da mulher. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), o risco de surgimento de câncer de mama é 22% menor, comparado às mulheres que nunca amamentaram. Essa proteção aumenta de acordo com o tempo de alactamento, chegando a 26%, caso o período tenha sido de, pelo menos, um ano.
Os estudos ainda apontam que a doença, quando se manifesta em pacientes que amamentaram mais de 6 meses, apresenta uma redução no risco de morte, índice até 3 vezes menor, comparado àquelas que tiveram história de amamentação inferior a este período.
Do mesmo modo, mulheres que amamentam têm menor risco de desenvolverem câncer de endométrio e de ovário, principalmente se a amamentação for prolongada. Ainda de acordo com a SBP, estudos mostram que os riscos para o desenvolvimento do câncer de ovário caem 2% para cada ano de amamentação.
Outras doenças também são impactadas pelo ato de amamentar. As chances para o desenvolvimento do diabetes tipo 2, conforme estudos, têm uma redução de até 9% para cada ano de amamentação.
A composição do leite materno é única, individual e atende às necessidades nutricionais da criança de acordo com suas carências e conforme sua idade. Ele também protege contra doenças, tanto na infância, quanto na vida adulta. Além disso, o alimento auxilia no desenvolvimento cerebral e fortalece o vínculo entre mãe e bebê. Evidências científicas apontam que a amamentação nos primeiros mil dias de vida é fundamental para o desenvolvimento dos sistemas nervoso, imunológico, físico, emocional e cognitivo das crianças.
O aleitamento materno protege o bebê contra enfermidades, como diarreias, afecções perinatais e infecções — principais causas de morte de recém-nascidos — além dos riscos de pneumonia e otite, alergias e, em caso de adoecimento, a gravidade da doença tende a ser menor. Bebês alimentados exclusivamente com o leite materno até os 6 meses de vida apresentam menor probabilidade de desenvolverem desnutrição ou obesidade na infância e alguns tipos de câncer infantil, como leucemia. Além disso, a amamentação reduz os riscos de diabetes tipo 2 e asma na vida adulta.
A amamentação deve ser oferecida de forma exclusiva até os 6 meses de vida da criança e continuada até os dois anos ou mais, junto aos demais alimentos in natura ou minimamente processados, incluídos a partir do processo de introdução alimentar durante a primeira infância.
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