Sempre cercada de preconceitos, a hanseníase, ou lepra – como era conhecida antigamente, continua se disseminando, principalmente por falta de informação. Trata-se de uma doença infecciosa, contagiosa, de evolução crônica e causada pela bactéria Mycobacterium leprae. Atinge principalmente a pele, as mucosas e os nervos periféricos, podendo ocasionar lesões neurais.
Aderindo à campanha Janeiro Roxo, de conscientização e prevenção da doença, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre) e desenvolvendo o Programa Estadual de Controle da Hanseníase, promove, durante este mês, ações que visam lembrar a importância do diagnóstico precoce e a possibilidade de tratamento, ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O movimento tem como bandeira também a luta contra o preconceito.
Na programação, estão previstas visitas às unidades de saúde, buscando mobilizar equipes para a realização de campanha educativa, em parceria com os municípios, bem como palestras presenciais e online, oficinas, um dia D, que será realizado na Casa de Acolhida Souza Araújo, às 9 horas no dia 30, e abordagens diretas no Terminal Urbano, no dia 31, ambos os eventos em Rio Branco.
Para Recleides Darub, responsável técnica do Programa de Controle da Hanseníase da Sesacre, o diagnóstico precoce interrompe a cadeia de transmissão e evita novos adoecimentos, além de evitar eventuais sequelas decorrentes da enfermidade.
“Os pacientes precisam se dirigir aos serviços especializados e seguir as orientações da equipe de saúde, para que obtenham os melhores resultados de tratamento e controle da doença”, destaca.
Os sintomas mais comuns são manchas com a mesma cor, com perda ou alteração de sensibilidade para calor, dor ou tato; formigamentos, agulhadas, câimbras ou dormência em membros inferiores ou superiores; diminuição da força muscular; espessamento de nervos periféricos e dificuldade para pegar ou segurar objetos.
Casos diagnosticados no estado
O número de casos ao ano no Acre reflete uma força de morbidade considerada média. Em função da pandemia, 2020 foi um ano atípico, registrando baixa procura dos serviços de saúde para outros agravos. Foram então notificados 86 novos casos; em 2021, foram 109 casos. Já em 2022, foram 143.
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