No final de dezembro de 2022, estudo feito pela Famivita, consultoria especializada em gestação e maternidade, entrevistou mais de 2,1 mil mulheres entre 12 e 20 de setembro de 2022 em todo o País concluindo que ao longo das décadas, uma série de mudanças culturais têm sido vistas no mundo, sendo uma delas a desconstrução da maternidade compulsória.
Desse modo, diz a Famivita, é crescente o número de mulheres que optam por adiar o momento de ser mãe ou por não ter filhos. A lista de motivos para essa escolha vai desde a conquista da estabilidade econômica e realização na carreira, passando por motivos de ordem sexual ou enfermidades, até simplesmente pela mulher não se identificar com a ideia da maternidade.
Nesse contexto, 53% das acreanas disseram que não pretendem ter filhos ou não sabem quando terão. Segundo o estudo, 74% das brasileiras cuidará especificamente da saúde para ter fertilidade quando pretenderem engravidar.
Em especial no Mato Grosso do Sul, as mulheres informaram que cuidarão da saúde para ter fertilidade quando o objetivo for engravidar, com 86%.
No Distrito Federal, 92% das participantes destacaram que o parceiro compartilha da mesma proposta e prazo para ter filhos.
No Rio de Janeiro, 67% afirmou estar atenta à saúde, para que a fertilidade esteja em dia quando desejar engravidar, contra 76%, em São Paulo e 79%, no Espírito Santo.
Conforme a Famivita, a rejeição aos modelos tradicionais de comportamento trouxe até o surgimento de uma nova geração, denominada “NoMos” (abreviação de Not Mothers – Não Mães). Seguindo essa diminuição e adiamento relacionado ao tema, em levantamento realizado a partir do Sistema de informações sobre nascidos vivos do Ministério da Saúde, no Brasil, o número de mulheres que tiveram filhos entre os 35 e 39 anos aumentou em 71% nos últimos 20 anos. E, conforme constatado em nosso mais recente estudo, 45% das brasileiras não pretende/não sabe quando terá filhos.
De maneira geral, na medicina, o período entre os 20 e os 30 anos de idade é visto como o momento ideal para as mulheres que desejam engravidar, porque usualmente a fertilidade está no ápice e o corpo mais bem preparado para a gestação, com óvulos mais jovens. Isso representaria uma menor probabilidade para eventuais complicações, tanto para a mãe como para o bebê.
Assim, há especialistas no assunto que já consideram a gravidez aos 30 anos como tardia. Mas, para algumas mulheres, essa fase é a melhor para se pensar na maternidade, pois elas já adquiriram mais experiência de vida, se sentindo mais prontas para criar uma criança.
Acesse o estudo na íntegra aqui https://www.famivita.com.br/estudo-mudancas-culturais-no-brasil-a-escolha-de-nao-ter-filhos-ou-adiar-a-maternidade/
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