Quando são observados os estados (gráfico abaixo, à direita), apenas São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí não apresentam altas taxas de casos. No Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e no Distrito Federal, os registros são superiores a 300 casos por 100 mil habitantes por semana – e acima de 500 em algumas localidades.
O ITpS também fez o recorte por macrorregiões de saúde (mapa de calor acima, à esquerda), que dividem o país em 118 localidades, agrupando municípios. O número de macrorregiões com alta incidência de covid-19 passou de 2 (1,7% do total), para 40 (33,9%) e agora está em 83 (70,3%).
Em relação à positividade dos testes para covid-19, o percentual segue alto para todas as faixas etárias desde o início de novembro. Há seis semanas, a taxa é superior a 30% a partir de 19 anos. Veja abaixo os índices para todas as faixas etárias. A partir deste relatório, o ITpS passa a analisar também dados do laboratório Sabin, além de Dasa, DB Molecular e HLAGyn.
Por causa da alta circulação do SARS-CoV-2, o risco de infecção no período de festas de fim de ano é alto e requer atenção. “As pessoas mais vulneráveis, em especial idosos, imunossuprimidos e não vacinados, devem utilizar máscara em locais fechados e/ou cheios”, alerta o imunologista Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS. Quem tiver sintomas gripais deve fazer o teste para covid-19 e, em caso de positivo, permanecer isolado. Pessoas que não estão com o esquema vacinal completo contra a covid-19 têm de concluí-lo o mais rápido possível.
Sublinhagens no Brasil
O ITpS também está monitorando as linhagens do SARS-CoV-2. Para analisar os dados do Brasil, o Instituto levantou os dados disponíveis no banco internacional Gisaid, que recebeu de 9 de outubro a 17 de dezembro depósitos de Dasa, Fiocruz, Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens) de Minas Gerais, Bahia, Espírito Santo e Rio Grande do Sul Instituto Butantan, Instituto Adolfo Lutz e HLAGyn, entre outras instituições.
Ao longo de dois meses, as sublinhagens da Ômicron BA.5 foram sendo substituídas por sublinhagens da Ômicron BQ.1, atualmente a principal variante em circulação no país. A BQ.1.1 predomina no Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste do país. No Norte aparece a sublinhagem BE.9.
Ao redor do mundo
Em relação ao cenário internacional, o mapa de calor a seguir destaca a incidência de casos semanais e o gráfico à direita, os países com as maiores incidências nas dez últimas semanas. Na China, os dados são escassos e o cenário é incerto.
Sobre as variantes em circulação ao redor do mundo, as linhagens BA.5 e suas sublinhagens (como BQ.1, BF.5 e BF.7), BA.2.75 e a recombinante XBB são as responsáveis pela maioria dos casos na Ásia, em locais como Taiwan (TWN), Hong Kong (HKG), Coreia do Sul (KOR), Singapura (SGP) e Japão (JPN). Na Europa, em países como Grécia (GRC), França (FRA), Áustria (AUT), Eslovênia (SVN) e Alemanha (DEU), a composição de linhagens circulantes têm participação importante das linhagens BQ.1 (derivadas da BA.5.3), seguidas por BF.7, linhagens BA.5 e BA.2.75.
Nas Américas, além do Brasil, países como Chile (CHL), Bolívia (BOL), Peru (PER), Panamá (PAN) e EUA (USA) enfrentam altas incidências de covid-19 há três semanas, com predomínio das variantes BQ.1, BA.4.6 e sublinhagens da BA.5.
O ITpS considera importante acompanhar o cenário epidemiológico no mundo porque ele pode antecipar padrões relevantes no Brasil.
O Instituto Todos pela Saúde está monitorando a circulação do SARS-CoV-2, de suas variantes e de patógenos respiratórios. Este é um relatório ampliado sobre a situação epidemiológica da covid-19 do Brasil e do mundo. O objetivo é fornecer para o poder público, a imprensa e a sociedade informações com agilidade, para ajudar na tomada de decisões de saúde. Todos os relatórios estão disponíveis na seção Pesquisas do site do ITpS.
A atuação do ITpS
O Instituto Todos pela Saúde (ITpS) é uma entidade sem fins lucrativos criada em fevereiro de 2021 com o objetivo de ajudar o Brasil a articular redes e desenvolver competências que auxiliem no preparo para o enfrentamento das futuras emergências sanitárias, como surtos, epidemias e pandemias.
O ITpS iniciou os trabalhos com um aporte de R$ 200 milhões feito com recursos da iniciativa Todos pela Saúde, criada em 2020 e que teve o Itaú Unibanco como principal doador. São parceiros institucionais a Academia Brasileira de Ciências (ABC), Academia Nacional de Medicina (ANM), a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein e a Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês.
O ITpS atua em três frentes:
À frente do ITpS
Renomados pesquisadores, professores e gestores integram o conselho administrativo, o comitê científico e a direção do ITpS, que tem o imunologista Jorge Kalil como diretor-presidente. Professor titular de Imunologia Clínica e Alergia da Faculdade de Medicina da USP, Kalil é diretor do serviço de Imunologia Clínica e Alergia do Hospital das Clínicas de São Paulo e do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração (Incor). É membro do Conselho de Gestão de Dados e Segurança, grupo criado pelo governo dos Estados Unidos para supervisionar os testes de vacinas anti-covid-19 no país. Foi presidente do Incor (2006-2008) e diretor do Instituto Butantan (2011-2017).
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