O Brasil ocupa a segunda colocação entre os países com o maior número de óbitos nas últimas 24 horas em decorrência da Covid-19 e o quinto lugar em número de casos. Somente no último dia 7 de dezembro, 168 pessoas morreram em decorrência da doença e outras 45.682 testaram positivo. O levantamento baseado em dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e apresentado durante a 4ª reunião da Câmara Técnica para Acompanhamento da Covid-19 (CTAC/CNS) só veio reforçar a urgência da situação.
Nos últimos 14 dias, a média móvel de mortes subiu 53%, com 112 mortes, contabilizando 1.310 óbitos no período. “A situação é grave. É urgente a necessidade de comprar vacinas, agilizar a vacinação de crianças a partir dos 6 meses, bem como criar a rede de cuidados às vítimas da Covis-19 e seus familiares, como prevê a Recomendação 013/22 do CNS. Todas responsabilidades do atual governo”, ressaltou Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde e integrante da CTAC/CNS.
Já Matheus Cerroni, do Núcleo de Epidemiologia e Vigilância em Saúde da Fiocruz, alerta que o aumento de casos da Covid-19 é realidade em 16 estados brasileiros. No diagnóstico apresentado à comissão técnica, ainda apontou a falha na comunicação com a população e a falta de uma resposta coordenada como sendo problemas enfrentados no combate à pandemia. Em contrapartida, destacou que o caminho para este enfrentamento é a atenção básica.“Capacitar e criar novas equipes, ainda fortalecer os laboratórios públicos de exames”, completou.
Atraso na Vacinação
Em sua apresentação à CTAC/CNS sobre a cobertura vacinal da Covid-19, Alessandro Chagas, assessor técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), expôs informações preocupantes sobre os dados do total de doses em atraso. As pessoas aptas que ainda não tomaram a segunda dose somam 245 mil pessoas. Já as que ainda não receberam o primeiro reforço contabilizam 1,6 milhões, enquanto outras 1,3 milhões não tomaram o segundo reforço.
Durante a reunião, os integrantes da CTAC/CNS analisaram os dados apresentados e destacaram como possíveis respostas no combate à Covid-19, a retomada do Centro de Operações de Emergências (COE) com participação do CNS, promoção de campanhas de vacinação, fortalecimento do Programa Nacional de Imunizações (PNI) e a ampliação a atenção ao acompanhamento às doenças pós-Covid-19. Também endossaram recomendações da Fiocruz que engloba a importância de desenvolver uma comunicação efetiva; fortalecer os sistemas de saúde; enfatizar a vacinação, promover medidas de prevenção; expandir os tratamentos e combater as desigualdades.
A reunião da Câmara Técnica para Acompanhamento da Covid-19 ocorreu, nesta quinta-feira (8/12) na sede da Fiocruz, em Brasília.
Ascom CNS
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