A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite encerrou dia 30 de setembro, mas a meta de vacinação não foi alcançada. Devido a isso, a Prefeitura de Rio Branco, por meio da secretaria Municipal de Saúde (Semsa), iniciou busca ativa nas escolas e creches municipais na tentativa de alavancar o quantitativo de crianças vacinadas.
De acordo com a secretária municipal de Saúde, Sheila Andrade, a multivacinação continua, mas o foco neste momento, é contra a paralisia infantil.
Sheila informou que a poliomielite não tem cura, é uma doença gravíssima que a criança pode vir a óbito, além das sequelas que ela deixa e que a vacinação é a única forma verdadeira de prevenção.
“Os pais e responsáveis pelas crianças, de 0 a 5 anos precisam trazer para vacinar. Todas as nossas unidades têm a vacina contra a poliomielite e também outras vacinas. O importante é a sua criança estar imunizada”, pede a gestora.
A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de alcançar 95% da cobertura vacinal. Em Rio Branco, durante a campanha, o objetivo era vacinar 25.777 crianças, mas apenas 4 mil foram imunizadas durante o período, o que significa menos de 20% de cobertura. Com a busca ativa iniciada pelo município, 56% da meta foi alcançada em menos de 10 dias. Cerca de 20 escolas e creches foram visitadas.
Raissa Chaves, mãe da pequena Heloísa, de 3 anos, aproveitou a oportunidade na creche David Rodrigues, para proteger a filha da doença.
“Eu acho muito importante a vacinação, ainda mais pelos dias atuais, que muitos pais não trazem seus filhos para vacinar, e é uma medida de proteção para ela, inclusive para os outros”, afirma.
Ana Lúcia da Cunha, tem 54 anos, mas há 51 convive com as sequelas da poliomielite. Segundo ela, nem sempre pode ficar de pé, e que isso só foi possível após inúmeros tratamentos e cirurgias. Ana explica ainda que seu pé cresceu de forma enrolada e em decorrência disso, só pode calçar um sapato após completar 20 anos.
“Eu sou uma das muitas vítimas que sobrevive da poliomielite e isso poderia ser evitado aplicando duas gotinhas. Eu não tomei a vacina porque os meus pais moravam no seringal, e lá o vírus chegou antes da vacina, mas você, no posto de saúde do seu bairro, a vacina está lá disponível para o seu filho. Não seja responsável por essa doença voltar em nosso país.”
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