A quarta versão do Festival Atsá, a primeira depois da pandemia, tem atraído muita gente de todo o Acre e também de outras partes do Brasil e do exterior. Atsá significa mandioca que está na base alimentar e produtiva do povo Puyanawa. Mas também representa o renascimento cultural dessa nação indígena que, durante muitos anos, foi explorada por fazendeiros e teve a sua espiritualidade distorcida pela influência de missionários evangélicos e católicos.
Durante o Festival Atsá, que iniciou no dia 18 e vai até sexta, dia 22, os Puyanawa mostram aos visitantes a riqueza dos seus cantos, das suas músicas, do seu artesanato e das suas pinturas corporais, além da espiritualidade tradicional baseada nas medicinas da floresta e na sabedoria recebida de herança dos seus antigos pajés.
O cacique Joel Puyanawa revela a motivação que mobiliza toda a sua aldeia, no Ramal do Barão, no município de Mâncio Lima, para realizar o Festival Atsá.
“Estamos resgatando as memórias dos nossos antepassados. Oferecemos aos visitantes comidas típicas do nosso povo, que estão relacionadas a todo o nosso conhecimento ancestral que, durante o festival, são repassados também aos nossos jovens. Assim, celebramos a nossa cultura e a nossa espiritualidade por meio dos cantos, das danças, das pinturas corporais e dos nossos rituais”, afirmou Joel.
Fortalecimento econômico da aldeia
O cacique destaca, ainda, que todo esse movimento de visitantes ajuda a fortalecer a economia da comunidade.
“A venda das nossas comidas e do nosso artesanato gera renda para as famílias da aldeia. A gente vê um aquecimento da economia local, que acaba ajudando também os moradores de Mâncio Lima”, refletiu o cacique.
Apoio institucional do Estado
Um outro aspecto revelado por Joel foi a ajuda do Estado na reforma da Arena onde acontece o Festival Atsá. Ele também ressaltou que o Estado apoiou a comunidade Puyanawa na mecanização das lavouras de mandioca, que deverá refletir na maior produção de farinha da história da aldeia.
“As parcerias são fundamentais para o desenvolvimento social e econômico do nosso povo. Temos recebido apoio das nossas demandas”, revelou Joel.
Para encerrar, o cacique disse que todo esse movimento cultural dos povos indígenas traz uma mensagem para toda a humanidade.
“Temos que celebrar a vida e a natureza. É essa alegria que faz a gente transmitir as nossas cantorias e danças, criando um clima de harmonia e entendimento com todas as pessoas que vivem neste planeta, que, mais do que nunca, precisa de paz e amor, nesse momento de tantas dificuldades”, finalizou o líder Puyanawa.
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