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Acre se afasta dos piores indicadores de mortes violentas

Levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira, 28, com base nos casos registrados entre 2019 e 2021, aponta o Acre com a maior redução de Mortes Violentas Intencionais (MVI) do país em 2021, indicando 41,2% de queda, quando comparado ao ano de 2020. O estudo usa como referência o índice de mortes a cada 100 mil habitantes.

Comparando-se os registros que compreendem o período entre os anos de 2018 e 2021, a redução de MVI em território acreano alcança uma marca de 53,96%. Em números absolutos, os registros caíram de 417 (2018) para 192 (2021).

Sobre a constatação do Fórum, o secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, lembra que, “nos anos de 2017 e 2018, respectivamente, a capital do Acre, Rio Branco, era a segunda e terceira colocada no ranking nacional das capitais mais violentas e, atualmente, ocupa a décima terceira posição”.

“E essa tendência segue no presente ano, como registrado pelo Monitor da Violência, por meio do G1 nacional, que aponta uma redução de 30% de MVI no Acre, durante o primeiro trimestre de 2022, e pelo Observatório de Análise Criminal do Ministério Público do Acre, que mostra uma expressiva queda de mortes violentas intencionais na capital acreana (- 50%) nos três primeiros meses deste ano”, explicou Paulo Cézar.

O titular da Sejusp ressaltou, ainda, que no período de 2018 a 2021 a redução de MVI no Acre impacta em 53,68%. “É um número muito expressivo e que coloca o Acre como o estado que mais reduziu o número de mortes violentas intencionais no ano passado, também apontado pelo Monitor da Violência”, completa.

Sobre os motivos das recorrentes quedas dos índices de criminalidade em território acreano durante os últimos três anos, o coronel Paulo Cézar destacou a forma como vem sendo conduzido o ambiente carcerário e o sistema socioeducativo, “que passaram a ser mais presentes, onde o Estado passou a ser também mais presente, com ações impositivas, não só de disciplina, mas, principalmente, de aumento do espaço para ressocialização”.

O secretário também debitou os bons resultados à integração das Forças de Segurança, ao combate aos crimes transfronteiriços, que, “apesar de ser de competência da União, nós entendemos que os insumos da violência passam por esses espaços”. A eficiência dos órgãos policiais, dentro da competência condicional, segundo o titular da Sejusp, “é outro fator preponderante, que vem permitindo ao Acre alcançar números melhores que do passado, o que possibilita colocar o estado entre os 10 menos violentos do país”.

Edmilson Ferreira
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