ando sequência à série de publicações do Vigitel Brasil 2006-2020, o Ministério da Saúde, publicou a edição Estimativas Sobre Frequência e Distribuição Sociodemográfica de Prática de Atividade Física nas Capitais dos 26 estados Brasileiros e no Distrito Federal entre 2006 e 2020 .
O material elaborado pela Secretaria de Vigilância em Saúde faz parte dos cinco cadernos que serão disponibilizados pela Pasta no decorrer de março e traça um panorama dos fatores de risco e proteção para as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), que são um dos maiores desafios para a saúde pública no mundo.
Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que em torno de 71% das 57 milhões de mortes ocorridas globalmente foram ocasionadas pelas DCNT, em 2016. No Brasil, essas doenças são igualmente relevantes, sendo responsáveis, no mesmo ano, por 74% do total de mortes.
Um pequeno conjunto de fatores de risco responde pela grande maioria das mortes por DCNT, são eles:
Consumo alimentar inadequado;
Inatividade física;
Tabagismo;
Consumo abusivo de bebidas alcoólicas.
A prática regular de atividade física favorece a prevenção e o tratamento destas doenças. Evidências comprovam seus benefícios no controle de diabetes tipo 2, câncer, depressão, doenças cardíacas, entre outros.
Para tanto, a OMS recomenda a prática regular de pelo menos 150 minutos de atividade física por semana com intensidade moderada ou 75 minutos por semana com intensidade vigorosa. Aproximadamente, 23% dos adultos no mundo não atingem essas recomendações, podendo chegar a até 80% em algumas populações, devido à influência de meios de transporte, tecnologia e valores culturais.
Realidade brasileira
No Brasil, em 2019, cerca de metade dos adultos não atingiram a recomendação mínima de prática de atividade física recomendada pela OMS. Segundo o Institute for Health Metrics and Evaluation, a prática insuficiente de atividade física esteve relacionada a mais de 800 mil óbitos no mundo em 2019 e se configurou como uma das principais causas de perda de anos de vida saudáveis.
Entretanto, o Vigitel revela que, em 2020, os números tiveram um aumento positivo. A frequência de adultos com prática de atividade física moderada no tempo livre equivalente a pelo menos 150 minutos por semana aumentou em 36,8% se comparado ao ano de 2009, onde esse percentual alcançou a faixa de 30,3%. Esse aumento foi observado em ambos os sexos, com maior avanço entre as mulheres, variando de 22,2%, em 2009, a 30,5% em 2020.
Vigitel
Os resultados da pesquisa do Vigitel auxiliam o monitoramento das metas propostas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis no Brasil. Entre 2006 e 2020, segundo dados atualizados até setembro de 2021, o Vigitel entrevistou 757.386 brasileiros, sendo 288.279 homens e 469.107 mulheres, a fim de monitorar a frequência e a distribuição dos principais determinantes das DCNT.
O primeiro caderno Vigitel Brasil 2006-2010 disponibilizou informações sobre prevenção do câncer feminino, com análises da evolução anual dos indicadores relacionados ao rastreamento da doença.
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