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3a dose da AstraZeneca reforça anticorpos contra Ômicron

Uma terceira dose da vacina AstraZeneca aumenta significativamente os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Ômicron (B.1.1.529), indica um novo estudo. A pesquisa foi realizada de forma independente por investigadores de diferentes instituições, incluindo pesquisadores da Fiocruz e da Universidade de Oxford. E estes resultados foram publicados em forma de preprint na plataforma bioRxiv (Omicron-B.1.1.529 leads to widespread escape from neutralizing antibody responses) nesta quinta-feira (23/12).

“Como temos observado a variante Ômicron é capaz de infectar pessoas com o esquema vacinal completo, assim como as que foram previamente infectadas por outras variantes. Os dados apresentados neste estudo mostram que a terceira dose é capaz de aumentar a presença de anticorpos neutralizantes contra Ômicron [foram aumentados em 2,7 vezes após a terceira dose da AstraZeneca], resgatando a capacidade de neutralização dos soros das pessoas vacinadas como observado em relação às outras variantes de preocupação após a segunda dose”, explicou Marco Krieger, vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz.

O soro obtido de indivíduos um mês após receberem a dose de reforço neutralizaram a variante Ômicron em níveis semelhantes aos observados para a neutralização das variantes Alfa e Delta depois da segunda dose. Para os pesquisadores da publicação, o resultado foi considerado encorajador pois mesmo frente a este novo desafio da nova variante foi possível obter resposta protetora.

O estudo analisou amostras de sangue de pessoas infectadas com a Covid-19; aquelas vacinadas com duas doses mais uma de reforço; e as que haviam reportado infecção prévia com outras variantes de preocupação. O estudo incluiu amostras de 41 indivíduos que receberam três doses da AstraZeneca. Como salientado no estudo, “os anticorpos neutralizadores contra a Ômicron são reforçados após uma terceira dose da vacina, significando que a campanha para fornecer doses de reforço deve adicionar considerável proteção extra contra a infecção pela Ômicron”.

Vale ainda reforçar que dados de um outro estudo de laboratório (Broadly neutralizing antibodies overcome Sars-CoV-2 Omicron antigenic shift, encontrado no site biorxiv.org) reforçam o efeito da AstraZeneca contra a Ômicron: neste caso os indivíduos vacinados com as duas doses mantiveram ação neutralizadora contra a nova variante, embora com uma redução em comparação à cepa original. A vacina AstraZeneca/Fiocruz tem demonstrado ser capaz de induzir uma resposta diversificada e duradoura a múltiplas variantes.

Edmilson Ferreira
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