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O QUE ERA para ser ontem uma grande festa do PP, de unificação no apoio às candidaturas do partido que saiu mais forte na última eleição municipal; da Mailza Gomes (PP) para o Senado e do governador Gladson Cameli à reeleição, teve cenas que fugiram do roteiro traçado pela cúpula dos progressistas de ser um congraçamento de unificação partidária. Além da quase agressão física entre deputado e secretário; de queixas duras de vereadores e prefeitos contra a articulação política do governo, que consideram fraca, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalon, foto, colaborou para tornar o clima da reunião mais hostil, ao declarar apoio incondicional à candidatura da senadora Mailza Gomes (PP) a mais um mandato; mas ressaltando que, não apoiará o governador Gladson Cameli, mas a candidatura ao governo do senador Sérgio Petecão (PSD). O velho Boca colocou água no chopp do PP. Um desolado deputado do PP chegou ontem a comentar com o BLOG que, o ato do Bocalon equivaleu a um torcedor declarar numa reunião da torcida organizada do Palmeiras; a Mancha Verde, que é corintiano. Mas, pelos discursos ouvidos no encontro por lideranças da sigla, a candidatura da Mailza Gomes (PP) ao Senado ficou sacramentada, afastando qualquer possibilidade de vir a retirar o seu nome para a disputa em outra área política. A decisão de ontem quebrou a possibilidade do grupo do governador ter apenas um candidato a senador.

ZECA, O HOMEM DOS BASTIDORES
O grande articulador da unidade do PP de não abrir mão de ter uma candidatura própria ao Senado, tem sido o deputado José Bestene (PP), o popular e articulado Zeca.

É ACREDITAR EM MAPINGURI
SERÁ que o deputado federal Léo de Brito (PT) acredita mesmo que, o presidente Bolsonaro criou o Vale Gás de 52 reais; só porque ele defendeu e propôs a ideia? O Léo está bem grandinho para acreditar em Mapinguari.

A FESTA DA MÁRCIA BITTAR
QUEM mostrou força de aglutinação partidária na última sexta-feira foi a candidata a senadora Márcia Bittar (sem partido), reunindo uma dúzia de siglas lhe apoiando, no encontro das mulheres do PSL. A Márcia vai para a briga.

DEDUÇÃO LÓGICA
DEPOIS das reuniões do final de semana do PP e da Márcia Bittar, pode-se chegar a uma conclusão lógica que, pelo menos três nomes do grupo do Gladson, não vão recuar das suas candidaturas ao Senado; a Márcia Bittar (sem partido), a senadora Mailza Gomes (PP) e a deputada federal Vanda Milani (PROS). É aguardar ainda se outros dois nomes, o deputado federal Alan Rick (DE) e a deputada federal Jéssica Sales (MDB), vão se manter na disputa. Na política, quanto mais cabra, mais cabrito.

MUDANÇAS DE COMANDO
PODEM ACONTECER até o fim de março de 2022, três mudanças no comando de partidos no Acre, por conta das composições presidenciais a serem firmadas.

PALANQUE PARA O MORO
O PRESIDENTE regional do PODEMOS, Ney Amorim, pode ir se preparando para lançar um candidato próprio ao governo do estado. É natural que a direção nacional exija isso, o candidato a presidente Sérgio Moro (PODEMOS), vai precisar de palanques nos estados.

SAIU ANIMADO
O vice-governador Major Rocha (PSL) já teve uma primeira conversa com o futuro presidente do União Brasil (fusão do DEM com o PSL), Luciano Bivar, e saiu animado. Um encontro decisivo deve acontecer por todo mês de janeiro próximo, o que definirá sua posição na sigla.
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PLANO A E PLANO B
O BLOG teve a informação que o vice-governador Major Rocha vai jogar na mesa da conversa de janeiro com Bivar, que no Acre, a atual direção do PSL não abre a mão de apoiar o presidente Jair Bolsonaro; e proporá comandar a sigla e apoiar o nome que for indicado. Este é o Plano A. O Plano B é disputar um mandato de deputado federal pelo PSL. “Estão montando uma chapa para mim”, comentou. A eleição no Acre terá capítulos emocionantes.

A MANGA ESTÁ VERDE
TUDO o que se falar no momento sobre composições partidárias para as disputas de governador e senador em 2022; é mero exercício de futurologia. Ainda vai passar repiquete por debaixo dessa ponte. A manga está verde.

O TEMPO É O SENHOR DA RAZÃO
QUE O PREFEITO Bocalon não conseguiu neste primeiro ano a se encerrar, manter o capital político que lhe deu a vitória, isso é verdade. Tem que aprender com os erros de 2021 e se recuperar em 2022. Não pode continuar governando Rio Branco como se fosse a Acrelândia.

MATEMÁTICA POLÍTICA
UM amigo político fez uma observação básica, em recente papo: – Com um coeficiente de estimados 57 mil votos em 2022, para eleger o primeiro deputado federal, não será fácil um partido encontrar nove candidatos (número máximo), para fechar esta conta. E, o partido terá que ter no mínimo 80% do coeficiente para ter condições de eleger deputado federal, em números, 45 mil e 600 votos. E, cada candidato, 20% do coeficiente. Isso significa que, cada candidato para entrar no jogo tem de partir de mais de 9 mil votos individuais. Acabou a mamata da coligação proporcional, em que deputado federal se elegia com quatro mil votos.

FATO COMPLICADOR
O QUE COMPLICA mais é que das nove vagas nas chapas para deputado federal, três estão destinadas por lei às mulheres. E, não será fácil encontrar estes três nomes, com densidade eleitoral. Foi o tempo em que se podia usar mulheres apenas para preencher vagas nas chapas. Na nova regra, tem de ter votos.

PESQUISAS NO FORNO
TRÊS pesquisas sobre candidaturas a senador e a governador deverão ser fechadas e anunciadas até o fim deste mês. Não vai decidir nada, mas trará um retrato do momento do quadro. Vou só observar, não brigo com pesquisa.

FIM DE CONVERSA
O STF provocou mais uma derrota ao presidente Bolsonaro, com a decisão do Ministro Luís Barroso de se exigir passaporte da vacina para entrar no país. Bolsonaro era contra. O Judiciário tem de ser independente.

FRASE MARCANTE
“A política não deveria ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça”. Aristóteles.

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