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Médicos seguem relatando falta de segurança, ofensas e ameaças em unidades de saúde do Acre

A falta de condições de trabalho nos hospitais de Cruzeiro do Sul, Feijó, Tarauacá e Sena Madureira vem se agravando nos últimos meses. A maior queixa é a falta de segurança para trabalhar, existindo ainda ocorrências de ameaças e ofensas, além de assédio moral.

Em visita às unidades, o Sindicato dos Médicos do Acre catalogou todos os problemas que se transformarão em um dossiê que será avaliado pelo setor jurídico, podendo existir o ajuizamento de novos processos contra o governo do Estado. Os problemas também serão encaminhados ao Ministério Público Estadual (MPE), pedindo a abertura de inquéritos.

Segundo o presidente da entidade, Guilherme Pulici, foram registrados casos de ameaças contra profissionais de saúde, falta de equipamentos e furo nas escalas, além da falta de condições de trabalho.

Em Tarauacá, por exemplo, no Hospital Sansão Gomes, um novo raio-x permanece na caixa há seis meses, com isso a população é obrigada a utilizar o aparelho antigo que apresenta baixa resolução na imagem, dificultando o tratamento.

Em Feijó, o prédio do Hospital Geral continua apresentando uma série de problemas estruturais, além do plantão ser realizado por apenas um médico, dificultando o atendimento da população. Se, porventura, existirem dois casos graves, o profissional é obrigado a escolher quem será atendido primeiro, enquanto o outro precisa esperar, correndo o risco de sequela ou até de morte.

Em Sena Madureira, enquanto a construção do novo prédio não é finalizada, a população é atendida em uma unidade antiga e inadequada para a cidade, com mofo em algumas paredes.

Na Maternidade Hospital da Mulher e da Criança do Juruá e no Hospital Regional do Juruá, em Cruzeiro do Sul, faltam especialistas, sendo que no primeiro existe a carência de obstetras e pediatras, enquanto no segundo faltam neurocirurgião, cirurgiões e dermatologistas para atender a população, resultando no envio de pacientes para Rio Branco, elevando os gastos com o Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Há oito meses o tomógrafo novo continua encaixotado.

“Boa parte dos problemas já são antigos e conhecidos, mas o governo não apresentou solução mesmo após diversas reclamações, então pretendemos adotar medidas mais rígidas, porque a população e o profissional sofrem com os problemas”, finalizou o presidente do Sindmed-AC.

Assessoria de Imprensa Sindmed

Edmilson Ferreira
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Edmilson Ferreira

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