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lém da prevenção, do diagnóstico, do tratamento e da cura, cientistas buscam soluções para os efeitos da COVID-19 na saúde mental dos pacientes. É o caso de pesquisadores da Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Goiás (UFG), que analisam as complicações do novo coronavírus em hipertensos.

O projeto, que integra o Programa da CAPES de Combate a Epidemias, investiga a presença de depressão, ansiedade e estresse após os pacientes terem a COVID-19, e como essas enfermidades afetam os cuidados com a hipertensão. “O nosso foco é olhar o paciente e ver as suas respostas diante do que ele vivencia, como, por exemplo, a tristeza. Identificar o que leva a ter essas consequências em termos de saúde mental e propor uma intervenção efetiva”, argumenta Águeda Zimmer Calvacante, professora e pesquisadora do projeto.

Segundo ela, quase metade dos pacientes não faz um controle eficaz da hipertensão. “E o motivo dessa falta de cuidado é que estamos buscando identificar, pois há um impacto na qualidade de vida dessas pessoas. Queremos que os resultados da pesquisa façam diferença na prática clínica e que deem soluções a esses problemas”, afirma Águeda.

O bolsista da CAPES, Ricardo Costa da Silva, doutorando em Enfermagem, participa do projeto. Ele estuda os comportamentos que causam o controle ineficaz da saúde. Esses pacientes precisam ter outras atividades para além da medição da pressão arterial, como uma  alimentação adequada e exercícios físicos.

“Essa pesquisa facilita a tomada de decisão e o planejamento de cuidados que minimizam a ocorrência de desfechos negativos, como a hospitalização, a insuficiência cardíaca e o acidente vascular encefálico, e contribuem para a melhor qualidade de vida desse paciente”, explica Ricardo. Em sua avaliação, o trabalho tem um efeito no Brasil e no exterior que só é possível “graças ao fomento da CAPES que auxilia não apenas a minha bolsa, mas as de outros pesquisadores brasileiros”.

Liga de Hipertensão
O projeto de pesquisa é desenvolvido com pacientes que participam da Liga de Hipertensão Arterial, um ambulatório na UFG que reúne estudantes da pós-graduação de Enfermagem e Medicina. Criada em 1989, a unidade junta ensino, pesquisa e extensão e atende cerca de duas mil pessoas. No espaço, atuam diversos bolsistas da CAPES.

Ana Luiza Lima Sousa, coordenadora da Liga de Hipertensão e da área de pesquisas clínicas de Enfermagem, explica que no local acontecem estudos de observação e ensaios clínicos. Além disso há a possibilidade de se fazer todos os tipos de medida de pressão arterial. “Aqui pesquisamos medicamentos, equipamentos e novas formas de intervenção para evitar diversas doenças”.

O objetivo, segundo ela, é desenvolver pesquisas que ofereçam respostas à sociedade. “Atuamos com a formação de cientistas para que os seus trabalhos passam fazer diferença e transformar a vida das pessoas que buscam o atendimento”, ressalta.

Sobre o Programa de Combate a Epidemias   
Programa de Combate a Epidemias incentiva estudos voltados à prevenção e ao enfrentamento da COVID-19 e outras doenças, com aporte de até R$200 milhões previstos para quatro anos de execução.

Sua estruturação é baseada em duas dimensões: Ações Estratégicas Emergenciais Imediatas e Ações Estratégicas Emergenciais Induzidas em Áreas Específicas. Em três editais, 109 projetos de pesquisa e formação de pessoal foram selecionados e contam com a participação de 1.248 pesquisadores.

Assessoria de Comunicação Social do MEC com informações da CAPES

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