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AO LONGO dos últimos 20 anos em que o PT deteve o poder no estado, seus dirigentes montaram uma poderosa coligação; nutrida por cargos no governo, denominada Frente Popular do Acre, que cansou de ganhar eleições.

Era o tempo das vacas gordas, em que se davam ao luxo de eleger até figuras sem nenhuma empatia popular, como foi o caso da eleição de Geraldo Mesquita Júnior, eleito senador, e derrotando um ícone da política na ocasião, o então senador Nabor Júnior (MDB). Mas, o PT não conseguiu evitar a inevitável “fadiga de material”, que acomete os partidos políticos que ficam longas temporadas no poder.

Daí, para a derrota de 2018 foi só questão de tempo. Sofreram a mais fragorosa surra da história do partido, no Acre. Perderam o governo, a única vaga do Senado; não elegeram um deputado federal, e reduziram a bancada na ALEAC. Veio a eleição municipal e foi outra fragorosa derrota do partido, chegando ao fundo do poço de não eleger um vereador na capital.

E apenas quatro prefeitos em colégios eleitorais pequenos. O quadro para a eleição do próximo ano – se não voltarem as coligações proporcionais – ou se não for adotado o “Distritão”, não é da cor de céu de Brigadeiro. É que o PT não ampliou os seus quadros. Para a Câmara Federal, por exemplo, o PT contará em 2020, com somente três nomes que já passaram pelo parlamento e têm uma certa densidade eleitoral, no caso o ex-deputado federal Angelim; o ex-senador Sibá Machado, e o deputado federal Léo de Brito.

Não venham dizer que têm nomes competitivos da mesma importância eleitoral dos citados. Se disserem, é conversa. O trio petista chegará aos 40 mil votos de legenda para fazer um Federal, sem secretarias funcionando como currais-eleitorais? Não é uma tarefa fácil, podem acabar brigando na base da sobra dos votos.

Para deputado estadual vão ter o ex-prefeito Marcus Alexandre, que perdeu a eleição para o governo, mas continua muito querido pela população da capital; um dos melhores deputados da nova safra de políticos, o deputado Daniel Zen (PT), e quem mais? Podem até argumentar que terão candidatos a deputados em todos os municípios, mas nenhum com maior potencial ou igual ao Marcus e o Zen. Por fim, entra em ação aquele que é visto como a cereja do bolo dos petistas, ex-senador Jorge Viana; sem dúvida, a maior estrela do PT.

Um grupo de amigos (ou muy amigos), quer lhe empurrar para o governo, com saudades dos cargos de confiança que detinham nos últimos 20 anos; mas o JV não é um amador, sabe não ser tarefa fácil derrotar um Gladson Cameli ou um Sérgio Petecão (PSD). A sua cabeça está voltada para o paraíso, que é a vaga de senador. A população já amainou a rejeição ao PT, que começou em 2018, com a perda do governo; e continuou em 2020, com a derrota para a prefeitura da capital? Isso somente as urnas é que poderão responder.  Mas, nem tudo é como antes na casa de Abrantes.

VOZ DA LUCIDEZ

“Acho que a partir daí, não tem mais o que fazer. Está definido pelo Legislativo, pronto, cumpra-se.” Do vice-presidente General Hamilton Mourão, ontem, sobre a votação de hoje do voto impresso, na Câmara Federal.

BRAVATA DOS HOLOFOTES

NA VERDADE, esta ameaça do presidente Bolsonaro de que, sem voto impresso não haverá eleição, em 2022, foi uma bravata para açular os seus e ficar nos holofotes.

MUITO MAIS IMPORTANTE

MUITO MAIS importante para a política, com reflexos no estado, será a votação sobre a adoção do Distritão – pelo qual os mais votados serão eleitos deputados; e num Plano B, a volta das imorais coligações proporcionais, que permite toda sorte de bandalheiras para montar alianças.

PREVISÃO ISENTA

NÃO DOU A FONTE, por ter sido uma conversa informal, e ela ser adversária política do prefeito de Sena Madureira, Mazinho: “o Mazinho vai estourar de votos para Federal”.

REVIVENDO VELHAS IMAGENS

O EX-SENADOR Jorge Viana (PT) está revivendo nas redes sociais postagens de campanhas políticas vitoriosas, tempo em que o PT era visto como cara nova no cabaré da política, com todos querendo agradar e experimentar.

OUTRO CENÁRIO

SÓ QUE, o JV disputará uma eleição seja para governador ou senador, com maiores dificuldades que quando estava no poder, em que tinha uma azeitada máquina política.

TODAS AS ATENÇÕES

TODAS as atenções dos dirigentes partidários do estado estão voltadas para a provável votação de hoje na Câmara Federal, em que se discutirão o “Distritão” e  a volta das coligações proporcionais. Torcem por um dos dois. Se não mudar nada, será um Deus nos acuda.

A QUESTÃO É O SENADO

O PROBLEMA mesmo está no Senado, onde há uma reação dos senadores contra as duas propostas; e o presidente Rodrigo Pacheco já disse que, ambas não passarão na Casa. Se não passarem, o jogo político será mais limpo na eleição do próximo ano.

BELO MANDATO

O DEPUTADO FEDERAL Alan Rick (DEM) faz um trabalho parlamentar focado no coletivo, e não de projeção pessoal; grande parte das obras do DERACRE na área rural de abertura e recuperação de ramais, acontece com base em recursos liberados por suas emendas parlamentares.

JUTIFICANDO O VOTO

Arnaldo Barros (PODEMOS), Lene Petecão (PSD), Michelle Melo (PDT), Adailton Cruz (PSB), são nomes apontados por colegas que fazem a cobertura da Câmara Municipal de Rio Branco, entre os mais ativos desta legislatura.

NENHUM SINAL

NENHUM sinal de que, as quatro mulheres que se manifestaram por disputar o Senado – Márcia Bittar, Vanda Milani, Mailza Gomes e Jéssica Sales – pretendem abrir de suas candidaturas. O que se nota é o quarteto muito empenhado em ações nos municípios do interior.

NEM PERTO

SE O “DISTRITÃO” estivesse vigorando na última eleição, boa parte dos deputados estaduais estaria fora da ALEAC, porque tiveram baixa votação, e só entraram devido as coligações proporcionais. É só consultar o TRE-AC.

TENDÊNCIA NATURAL

TODOS os veículos de comunicação estão dando a proposta do voto impresso, defendida pelo presidente Bolsonaro, como derrotada na votação de logo mais.

BEM MAIS EQUILIBRADO

O VICE-PRESIDENTE Hamilton Mourão é muito mais equilibrado que o presidente Jair Bolsonaro, não se vê uma ação da parte do General que seja destemperada.

FRASE MARCANTE

“Um pai, ainda que o mais pobre, tem sempre uma riqueza para deixar ao filho: o exemplo”. Coelho Neto.

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