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Várias tecnologias foram acionadas para desenvolver as vacinas contra a Covid-19 que estão em fase de estudo ou já sendo aplicadas ao redor do mundo. Ter domínio dessas informações é essencial para os farmacêuticos, cujo papel será preponderante para viabilizar a imunização em massa dos brasileiros.

Todos os imunizantes têm como objetivo estimular a produção de anticorpos contra a proteína S (spike) que recobre a superfície do novo coronavírus (SARS-CoV-2). Essa proteína, em formato de espinho, permite ao vírus se ligar às nossas células e causar a doença. O efeito de proteção da imunização pode demorar algumas semanas, pois o corpo precisa de tempo para conseguir produzir os anticorpos que vão garantir imunidade contra a infecção. No caso das vacinas que precisam de duas doses, a proteção só é garantida duas a três semanas depois da segunda dose.

As vacinas podem ser divididas em categorias, de acordo com as plataformas tecnológicas utilizadas.

Vacinas de vírus inteiros (inativados ou atenuados)

  • Butantan / Sinovac (Coronavac): vírus inativado
  • Bharat Biotech (Covaxin): vírus inativado
  • Cansino (Convidecia): vírus inativado
  • Sinopharm Pequim (BBIBP-CorV): vírus inativado
  • Sinopharm Wuhan: vírus inativado
  • Butantan (Butanvac): vetor viral com vírus inativado

Esse tipo de vacina induz a produção de anticorpos a partir do vírus inativado. Quando a vacina é administrada no organismo humano, as proteínas virais conservadas provocam uma resposta imune, e são produzidos anticorpos contra o patógeno. Após essa imunização, o indivíduo não manifesta a doença mesmo quando infectado, pois os vírus são controlados pelos anticorpos de memória. Esse imunizante também é utilizado na prevenção de doenças como poliomielite, hepatite A e tétano.

Vacinas genéticas de RNA mensageiro (mRNA) ou DNA

Uma tecnologia nunca antes usada em imunização é a das vacinas em RNA ou DNA, com ácidos nucleicos do SARS-CoV-2 inseridos no corpo humano. Isso faz com que as células sintetizem a proteína S, induzindo a produção de anticorpos. Essa tecnologia também já estava sendo testada para combate a outros vírus, como o ebola.

Vacinas baseadas em vetores virais

A proposta inovadora de anticorpos a partir do vetor viral funciona da seguinte maneira. A proteína S do vírus é inserida em outro vírus modificado em laboratório, que é transportado para o corpo humano. O sistema imunológico identifica a proteína e produz os anticorpos para impedir sua ação quando o vírus da Covid-19 tentar infectar.

Vacinas proteicas sub-unitárias 

As vacinas com base nas proteínas sub-unitárias são tecnologias já utilizadas para prevenção e combate ao vírus influenza e ao papilomavírus humano (HPV). Elas conduzem partículas virais, como fragmentos das proteínas S e M do vírus SARS-CoV-2, diretamente para o organismo. Para isso, o vírus da Covid-19 é cultivado e inativado em laboratório, mas apenas seus fragmentos são inoculados no organismo.

Fontes: Sociedade Brasileira de Imunização e ClinicarX

Veja também: https://www.assistenciafarmaceutica.far.br/a-importancia-da-vacina-da-gripe-em-tempos-de-pandemia/

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