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Indústria do Acre encolhe 0,1% dez anos; Fieac pede políticas urgente

Do ac24horas

No Brasil, segundo a Pesquisa Industrial Nacional (PIA) o número de empresas da indústria encolheu pelo sexto ano seguido em 2019, antes da pandemia de Covid. O setor somou 306,3 mil companhias, uma redução de 8,5% em relação a 2013, pico da série histórica, quando tinha 335 mil.

Esse indicador é calculado através do Valor de Transformação Industrial (VTI).

A PIA  foi divulgada nesta quarta-feira (21) pelo IBGE, que diz que o  resultado foi puxado, sobretudo, pela indústria de transformação, que sozinha detém 97,9% do setor, e fechou 28 mil empresas em seis anos.

No Acre, o encolhimento  do VTI entre 2010 e 2019 foi  de 0,1 ponto percentual, saindo de 0,4% para 0,3% no período.

Apesar do resultado, a PIA mostra que há setores fortes no Acre. A  fabricação de alimentos, com 60% de participação na produção industrial, é o segmento que mais contribui com o índice. Em seguida, a fabricação de produtos da madeira (11%); e fabricação de produtos minerais não metálicos (7,7) completam  a lista dos maiores.

Consultado pelo ac24horas, o presidente da  Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano, os dados do IBGE confirmam a urgência de políticas voltadas à indústria acreana.   “De forma resumida diria que a PIA divulgada pelo IBGE em 21/07 refere-se ao ano de 2019, e indica claramente o processo de desindustrialização   que o Brasil vem atravessando, principalmente após a crise de 2007/2008. É o que se pode concluir de acordo com uma primeira análise dos dados da PIA”, disse Adriano.

Ele observa  que  antes de 2007/2008 o cenário externo se mostrava favorável e isso permitiu ao país certa tranquilidade. Entretanto, depois de 2007, quando o cenário externo virou, os problemas começaram a se multiplicar aprofundando questões estruturais nunca resolvidas. Com a pandemia, a crise se agravou e ganhou novos contornos.

O debate da crise no Acre aconteceu principalmente após 2014 e 2015 onde as diversas pesquisas realizadas pela Fieac destacaram quedas no número de empregos, empresas e faturamento.

“Esses dados do IBGE, de certa maneira, confirmam que necessitamos urgentemente de uma politica industrial que tente reverter o processo, o que não se trata de tarefa fácil”, concluiu o presidente.

 

 

 

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