Enquanto o Brasil enfrenta com vacina a pandemia de Covid-19, uma outra vacinação não pode ser esquecida pela população brasileira: a da gripe (influenza). A campanha nacional vai até 9 de julho e tem cerca de 79,7 milhões de brasileiros como público-alvo nos grupos prioritários.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, classifica como essencial que os grupos prioritários da vacinação contra a gripe procurem a imunização. “Temos que reforçar que essa vacina é tão importante quanto as outras. As pessoas que já podem tomar devem procurar um serviço de saúde para garantirem a vacinação contra a influenza”, afirma.
Queiroga destaca que essa vacinação também ajuda a diminuir a pressão sob o sistema de saúde. “A gripe leva a síndromes respiratórias graves e pode causar a morte. Então, as duas ações são fundamentais: a vacina da Covid e a vacina da gripe, para que consigamos ter menos pressão sob o sistema de saúde”, finalizou.
Essa é a mesma opinião de Ione Gularte que, com 83 anos, não esqueceu de tomar a vacina da gripe, mesmo já tendo tomado a vacina Covid-19. “Todas as pessoas do grupo de risco têm que tomar e acreditar que essa vacina é uma maravilha mesmo, um espetáculo. Eu, com 83 anos, graças a Deus nunca tive nada. Acho essa vacina maravilhosa”, afirmou.
Saiba tudo sobre a campanha de vacinação da gripe
Até 25 de junho, a campanha de vacinação contra a gripe tinha mais de 30 milhões de pessoas vacinadas. O público-alvo para essa vacinação é de 79,7 milhões de pessoas, isto é, cerca de 37,3% dessa população já foi vacinada. Os dados estão disponíveis no painel da Vacinação contra Influenza do LocalizaSUS. A meta é que 90% desse grupo esteja vacinado contra a Influenza até 9 de julho, quando a campanha para os grupos prioritários termina.
A campanha já avançou para a terceira etapa, que incluiu pessoas com comorbidades e outras condições clínicas especiais, com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, membros das forças de segurança e salvamento, das forças armadas, funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade.
Também fazem parte da campanha pessoas acima dos 60 anos, professores, crianças de seis meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias); gestantes e puérperas (até 45 dias após o parto); povos indígenas e trabalhadores da saúde, que foram priorizados nas duas primeiras etapas. As pessoas que fazem parte dos grupos prioritários das etapas anteriores, e que por algum motivo não receberam a vacina influenza, ainda podem buscar os serviços de saúde.
O Ministério da Saúde já distribuiu mais de 73 milhões de doses da vacina da gripe para os estados. São Paulo é o estado que conta com mais doses: 13,4 milhões de unidades já chegaram ao estado. O número é seguido por Minas Gerais e Rio de Janeiro, que receberam 6,8 milhões e 5,8 milhões, respectivamente.
om o investimento de R$ 1,2 bilhão na aquisição de 80 milhões de doses da vacina influenza trivalente. O Ministério da Saúde está distribuindo este quantitativo de doses para Unidades Federadas, produzida pelo Instituto Butantan, para imunização do público-alvo. A pasta orienta aos estados e Distrito Federal que todas as medidas de prevenção à transmissão da Covid-19 sejam adotadas durante a campanha de vacinação contra a Influenza, em mais de 38 mil postos de vacinação espalhados pelo Brasil.
Se estiverem no grupo prioritários das duas campanhas de vacinação, devem dar preferência para a vacinação contra a Covid-19. As pessoas que fazem parte do grupo prioritário para a vacinação contra Influenza e que ainda não foram vacinadas contra a Covid-19, devem priorizar a dose contra a Covid-19 e agendar a vacina da gripe, respeitando um intervalo mínimo de 14 dias entre elas.
“É importante reforçar a necessidade de imunização para evitar a transmissão da gripe e diminuir o risco de internações e mortes pela doença. Considerando a pandemia da Covid-19, quanto mais pessoas estiverem protegidas das complicações causadas pela gripe, menos sobrecarga para o sistema de saúde”, afirma o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Arnaldo Medeiros.
MS
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