Do Canal do Boi –
Você sabe como é feito o transporte de gado de elite depois que os animais – touros ou matrizes, sobretudo – são adquiridos em um leilão? Nesta sexta, 19, o Giro do Boi tratou do assunto no quadro Giro na Estrada contando a “saga” de um transporte boiadeiro que partiu de Pirajuí, em São Paulo, para as fazendas de 40 pecuaristas em dez estados, sendo o Acre o destino mais distante, uma viagem de cerca de 3.200 quilômetros.
O supervisor comercial da TRP transportadora para São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul Caio Carvalho foi quem concedeu entrevista para contar os detalhes do trabalho desenvolvido pela empresa no leilão de gado Guzerá Mocho dos Irmãos Tonetto, cujo criatório fica em Pirajuí-SP.
“Esse leilão foram quase 110 animais para 40 compradores em dez estados do Brasil. Na subida para o Acre e Rondônia, a gente levou 26 animais dentro de uma carretinha nossa e aí, dentro desta viagem, a gente fez uma programação e conseguiu entregar todos os animais dentro do prazo de validade da GTA”, disse Caio.
O supervisor revelou como é feito o planejamento de logística de um evento como um leilão. “A gente realiza a nossa programação com ao menos uns três dias antes do embarque. Sentamos junto com o motorista para fazer a programação de parada dele por causa da política do bem-estar animal. A gente tem que parar para uma hidratação dos animais em até 48 horas, no máximo. Então se a gente carregou aqui no município de Pirajuí, no estado de São Paulo, estas 48 horas foram cumpridas perto do boitel de Juscimeira (MT). A gente tem um parceiro ali na beira da estrada. Ali os animais ficaram um certo tempo comendo e se hidratando. A próxima parada já foi dentro de Rondônia”, continuou o supervisor.
Carvalho lembrou que ao cruzar a fronteira para Rondônia, uma parceria com produtores locais que também haviam adquirido animais no leilão viabilizou outra parada para alimentação e hidratação do gado transportado. “Lá foi a própria parceria com os nossos amigos pecuaristas, que já estavam recebendo os animais. Eles deixaram a gente descer os outros lotes das outras entregas, e ali os animais comiam e bebiam dentro da fazenda também”, confirmou.
“Nós compramos alguns fardos de feno, colocamos dentro de um dos compartimentos da carreta para o caso de haver algum imprevisto. A gente deve estar prevenido”, garantiu Caio.
“Primeiramente a gente quer a segurança e o conforto para os bovinos. A gente também oferece seguro para os animais. Os motoristas nossos são 100% treinados com bem-estar animal, os veículos nossos são 100% rastreados e com equipamento de telemetria 24 horas. E um dos pontos mais importantes que a gente frisa é pegar toda a programação com antecedência, montar e realizar tudo dentro do conforme”, comentou.
De acordo com Carvalho, a importância da execução bem feita do transporte vem ganhando relevância entre os pecuaristas, que estão aumentando a demanda por este tipo de prestação de serviço. “A demanda vem aumentando a cada dia. O pessoal entra em contato com a gente para tirar as dúvidas”, completou o supervisor, que deixou seus contatos à disposição dos criadores – (14) 3511 4741.
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